Reaproximação entre Bolsonaro e Marcos Pereira frustra ala do Republicanos
Com confirmação da filiação dos ministros Tarcísio de Freitas e Damares Alves ao Republicanos, o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, e Jair Bolsonaro (foto) voltaram às boas. A reaproximação, no entanto, frustrou deputados que contavam com uma postura de neutralidade da sigla nas eleições de outubro. Um deles é Luis Miranda, que ingressou no...
Com confirmação da filiação dos ministros Tarcísio de Freitas e Damares Alves ao Republicanos, o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, e Jair Bolsonaro (foto) voltaram às boas. A reaproximação, no entanto, frustrou deputados que contavam com uma postura de neutralidade da sigla nas eleições de outubro.
Um deles é Luis Miranda, que ingressou no Republicanos sob a promessa de que a legenda atuaria com independência. O parlamentar deixou a base aliada ainda no ano passado, quando virou alvo de Bolsonaro e aliados após denunciar o escândalo Covaxin. "Não irei colocar minhas frustrações pessoais com o Bolsonaro acima do Republicanos, porém, mesmo olhando partidariamente, não será positivo para as eleições", disse.
Crusoé apurou que Silvio Costa Filho, integrante da ala lulista, também faz parte do grupo dos descontentes. Na quarta-feira, 23, o parlamentar pernambucano prestigiou a filiação ao PSB do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, virtual vice na chapa de Lula.
Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos não chegou a romper formalmente com Bolsonaro. Marcos Pereira, no entanto, manifestou sua contrariedade com o Planalto ao ver a maioria dos ministros-candidatos de malas prontas para o PL e para o Progressistas. Nos bastidores, passou a ameaçar não caminhar ao lado do presidente da República na campanha à reeleição.
Foi então que bombeiros, como o senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente, entraram em ação. Para manter Pereira na aliança, foram negociadas a filiação dos ministros da Infraestrutura e da Mulher, da Família e Direitos Humanos, além das promessas de mais espaço no governo em um eventual segundo mandato.
A manutenção do Republicanos no arco de apoio ao presidente é considerada fundamental em razão da influência do partido sobre o eleitorado evangélico.
O acerto foi sacramentado na quinta-feira, 24, mas ainda não há data para que seja anunciado publicamente. "O Tarcísio de Freitas jamais sairia candidato pelo Republicanos se o partido não fosse caminhar com Bolsonaro para a Presidência. É apenas aguardar o comunicado oficial. O entendimento está consolidado", disse uma liderança do PL, sob reserva.
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