Quem poderá suceder Kim Jong-un
A única dinastia comunista hereditária do mundo pode passar por uma crise de sucessão em breve. Segundo a rede CNN, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un (foto), passou por uma cirurgia no coração no dia 12 de abril e desde então está em estado grave. Ele também não compareceu a um desfile no...
A única dinastia comunista hereditária do mundo pode passar por uma crise de sucessão em breve.
Segundo a rede CNN, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un (foto), passou por uma cirurgia no coração no dia 12 de abril e desde então está em estado grave. Ele também não compareceu a um desfile no dia 15 em homenagem ao seu avô, Kim Il-sung, o fundador da dinastia.
Kim tem 36 anos e 130 quilos. Notícias sobre sua saúde precária já circularam antes, como a suposição de que teria gota.
Quando Kim Il-sung morreu, em 1994, o poder foi transmitido para o seu filho, Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un. A próxima transferência, contudo, é incerta. Nada foi planejado. O comando do país está reservado aos membros da família. Kim Jong-un tem três filhos, mas o mais velho tem apenas dez anos.
"É muito improvável que um sucessor tenha sido preparado. Isso quer dizer que, se algo acontecer com Kim Jong-un, o caos se instalaria no país", diz o cientista político Yong-Chool Ha, professor da Universidade de Washington e especialista na Coreia do Norte.
Uma das possibilidades é a de que os militares assumam o controle do país, formando uma junta. Seria um modelo parecido ao que aconteceu na extinta União Soviética após a morte de Josef Stalin. Esse novo governo poderia incluir a irmã do ditador, Kim Yo-jong. Seria uma solução transitória, até que o filho mais velho alcançasse a maturidade.
Kim Yo-jong é mais nova que o irmão. Tem 31 anos. Ela tornou-se conhecida do mundo ao viajar para os Jogos Olímpicos de inverno na Coreia do Sul, em 2018. As perspectivas de um governo liderado por ela, contudo, não são muito boas. "Os líderes da Coreia do Norte sempre nutriram uma visão muito discriminatória do papel das mulheres. A menos que os militares entrem em um consenso sobre mantê-la para evitar o caos, não vejo muito futuro para ela", diz Yong-Chool Ha.
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