Ministro reconhece que cloroquina não tem eficácia comprovada, mas mantém protocolo
Para evitar confrontos com o presidente Jair Bolsonaro, grande entusiasta da cloroquina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mantém no site da pasta o protocolo de prescrição do medicamento, lançado em maio do ano passado, na gestão de Eduardo Pazuello. Queiroga, entretanto, reconheceu em depoimento à CPI que a substância “não tem eficácia comprovada” no...
Para evitar confrontos com o presidente Jair Bolsonaro, grande entusiasta da cloroquina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mantém no site da pasta o protocolo de prescrição do medicamento, lançado em maio do ano passado, na gestão de Eduardo Pazuello. Queiroga, entretanto, reconheceu em depoimento à CPI que a substância “não tem eficácia comprovada” no combate ao coronavírus.
Em sua primeira oitiva, o cardiologista não havia feito essa declaração de forma assertiva e afirmou que aguarda o posicionamento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS.
Senadores de oposição e independentes pressionaram Queiroga sobre a decisão de manter válido o protocolo com diretrizes para a prescrição do medicamento. O documento sugere combinações da cloroquina com outros medicamentos, como a azitromicina, e detalha recomendações de doses.
“É uma nota informativa acerca das doses. Esses medicamentos eram usados por operadores de plano de saúde, pelos municípios, e médicos prescreviam a dosagem que queriam. Então se fez uma padronização de dosagem”, disse Queiroga. “Mas a nota informativa perdeu o objeto, ela não tem valor legal”, argumentou.
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Comentários (3)
Maria
2021-06-08 15:46:52Tanto pode ser como não ser. Haja.
José
2021-06-08 15:21:06Tem que manter o protocolo porque o patrão dele quer!
PAULO
2021-06-08 14:37:57Para que serve um velho cretino? Não tenho dúvidas das boas intenções do Queiroga. Mas de boa intenção o inferno está cheio. Toda vez que assisto a fala do senador Heinze, fico enojado. Agora ele coloca a questão da seguinte forma: 14 000 médicos que prescrevem medicamentos ineficazes, salvaram 14 milhões de doentes. Já os quase 500 mil que morreram, não tomaram esses medicamentos. Que tipo de cretino se presta a isso? Agora ele agradece o Butantan pelas vacinas. A hipocrisia nunca é virtude.