Putin reconhece independência de regiões separatistas da Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), anunciou nesta segunda-feira, 21, a decisão de reconhecer a independência das províncias ucranianas de Luhansk e Donetsk. As regiões são controladas por separatistas pró-Moscou. “A Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Eles começaram a copiar modelos estrangeiros, que não estão enraizados em...
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), anunciou nesta segunda-feira, 21, a decisão de reconhecer a independência das províncias ucranianas de Luhansk e Donetsk. As regiões são controladas por separatistas pró-Moscou.
“A Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Eles começaram a copiar modelos estrangeiros, que não estão enraizados em sua história. Estavam sempre buscando seus interesses gananciosos que não tinham nada a ver com o interesse da população ucraniana", disse.
O russo ainda acusou ucranianos de trabalharem no desenvolvimento de armas nucleares. “A Ucrânia é uma colônia dos EUA sem governo. Devemos responder a essa ameaça, que se tornou ainda mais terrível agora que a Ucrânia está tentando adquirir armas nucleares”, alegou o autocrata russo.
O comunicado, realizado após uma reunião televisionada do Conselho de Segurança de Moscou, aumenta a crise na Europa e, segundo especialistas, pavimenta o caminho para o Kremlin enviar tropas para as áreas do território ucraniano.
A Ucrânia, os Estados Unidos e outros países ocidentais vinham acusando a Rússia de não respeitar os Acordos de Minsk. Os acertos tinham como objetivo acabar com os embates armados nas duas regiões separatistas, que deixaram mais de 14 mil mortos desde abril de 2014.
Pelo documento, a Ucrânia admitiu que Luhansk e Donetsk eram regiões controladas por separatistas russos. Os territórios teriam mais autonomia e poderiam realizar eleições. A Rússia reconheceu que as regiões faziam parte da Ucrânia. Todos concordaram que forças estrangeiras e mercenários deixariam a área.
O primeiro passo para inviabilizar o acordo, contudo, foi dado pela câmara baixa do Congresso russo, a Duma. Na última terça-feira, 15, os parlamentares aprovaram uma resolução pedindo que o presidente russo declarasse Luhansk e Donetsk como estados soberanos e independentes.
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Comentários (6)
PAULO
2022-02-21 19:46:24A Rússia se comporta como aquele irmão mais velho e bronco, que tem muito músculo e pouco cérebro, e não admite que o seu irmãozinho mais novo, que se esforçou nos estudos, queira agora algo melhor. O capitalismo venceu o comunismo. A Rússia, por incompetência dos seus líderes, não conseguiu acompanhar o desenvolvimento mundial, e com isso perdeu a sua relevância no jogo geopolítico. MORO PRESIDENTE 🇧🇷
MARCIO
2022-02-21 18:34:03Gado: Nosso "Deus" promoveu a paz no mundo. Realidade: Guerra, conflitos e mor.tes
PAULO
2022-02-21 17:43:43Nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro, precisa retornar à Moscou e enfatizar sua mensagem de paz. Putin foi profundamente tocado pela mensagem do estadista brasileiro.
Juerg
2022-02-21 17:28:01Esses figuras como Putin, Erdogan, Lula e muitos outros de países emergentes ainda usufruem popularidade grandes nos seus países por que são associados de forma errada ao crescimento econômica que essas nações obtiveram de forma mais expressiva na última década - não necessariamente por próprios méritos!
Paulo
2022-02-21 17:20:19A questão é relativamente simples. A Rússia admitir um vizinho de porta filiado à OTAN é o mesmo que aceitar bases militares e mísseis apontados para si. Nesse aspecto, Putin não está errado. Os EE.UU. Não aceitaram a instalação de bases militares soviéticas em Cuba, em 1961. A soberania na escolha de aliança militar trombou de frente com a Rússia. A Ucrânia deveria declinar da OTAN, justamente para manter a sua soberania, e não perdê-la de vez. O grande sempre subjuga o pequeno, sempre.
Eduardo
2022-02-21 16:44:45Para surpresa de ninguém