PSDB definha
O PSDB foi um dos maiores derrotados na eleição deste ano. Seu candidato, Geraldo Alckmin, teve a pior votação da história do partido: 4,7% dos votos. Menos da metade que Mário Covas em 1989 (11,5%), quando o partido tinha um ano de vida ainda. A análise do cenário nos estados corrobora a eleição nacional. O...
O PSDB foi um dos maiores derrotados na eleição deste ano. Seu candidato, Geraldo Alckmin, teve a pior votação da história do partido: 4,7% dos votos. Menos da metade que Mário Covas em 1989 (11,5%), quando o partido tinha um ano de vida ainda.
A análise do cenário nos estados corrobora a eleição nacional. O partido não elegeu nenhum governador no primeiro turno. Reza agora para eleger alguns dos seis que foram ao segundo turno: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo.
Ocorre que em nenhum desses estados a disputa será tranquila. Em São Paulo e Minas Gerais, respectivamente os dois maiores colégios eleitorais do país e que nos últimos 20 anos disputaram o comando nacional do partido, não é possível criar muito otimismo.
Em São Paulo, onde o partido elege o governador desde 1994, João Dória avançou com 31,7% dos votos e disputará os segundo turno contra o atual governador, Márcio França, do PSB, que teve 21,4%. Uma disputa difícil para o tucano, tendo em vista que o MDB de Paulo Skaf, com 21% dos votos, e o PT de Luiz Marinho, com 12%, deverá apoiar França.
Em Minas, o eleitor voltou a mostrar preferência pela novidade. Foi assim nas eleições municipais de 2016, quando Belo Horizonte elegeu prefeito Alexandre Kalil, do PHS. Neste domingo, o candidato do Novo e empresário Romeu Zema teve 42,7% dos votos e disputará o governo contra o senador tucano Antonio Anastasia, que obteve 29%.
No Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite teve 35% dos votos contra 31% José Ivo Sartori, do MDB. No Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja ficou com 44,6% dos votos e disputa a segunda fase contra Juiz Odilon, do PDT, que teve 31,6%. Há disputas acirradas ainda em Rondônia e Roraima.
Para o Congresso a situação também não é muito animadora. Até a 0h, as projeções apontavam o PSDB como um partido médio na Câmara, com algo entre 30 e 40 deputados. Abaixo, portanto, do PT, PSL, PP, MDB, PSD e PR.
No Senado, o partido elegeu três nomes (Izalci no Distrito Federal, Mara Gabrilli em São Paulo e Rodrigo Cunha em Alagoas) mas perdeu cinco, que não se reelegeram (Ataídes Oliveira no Tocantins, Cássio Cunha Lima na Paraíba, Flexa Ribeiro no Pará, Paulo Bauer em Santa Catarina e Ricardo Ferraço no Espírito Santo). Além disso, Beto Richa, que governou o Paraná entre 2011 e 2018, ficou fora.
Além disso, é bem provável que o partido rache quanto ao apoio no segundo turno da disputa presidencial.
Se o partido conseguir vencer em Minas ou São Paulo, conseguirá se manter como um player. Caso contrário, terá de repensar seu caminho para as eleições municipais de 2020 e, evidentemente, para as próximas eleições nacionais.
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Comentários (8)
Marcos
2018-10-08 10:48:54Partidos passam por momentos adversos e só se mantêm quando representam modos permanentes de ver o mundo. Permanente nos que tange a valores. As alternâncias são construtoras de propostas e coleta de tendências. Sem essa percepção a alternância vira sentença de morte e uma derrota o enterro de lideranças que não aceitam renovação de quadros. Do mesmo modo morrerá o PT e seus atuais donos de órgãos abaixo do comandante supremo da grei agarrados aos finos ossos descalcificados.
Ângelo
2018-10-08 09:47:50Fernando Henrique e Lula. Mesmas táticas. Dois partidos chegando ao final. Um está demorando mais 30 dias por causa do 4º poder: A IMPRENSA.
Silvio
2018-10-08 08:45:01Como tantos outros brasileiros fui por um bom tempo enganado por essa farsa chamada PSDB, nunca fui filiado mas nutria uma grande simpatia. Adeus tucanos!!!!!
Leila
2018-10-08 07:44:48Por mim daria uma surra de palavras em Fernandinho meu amor. Responsável pelo PT vencer a primeira vez com Lula presidente, ele apoiou com o silêncio e foi contra o Serra. Depois fizeram uma oposição silenciosa e nojenta durante todo o governo petista. Merecem amargar essa imensa derrota e pagar um preço alto por colaborarem com o estado que o Brasil se encontra hoje. Afoguem-se na garganta e ego intelectualista de ser. Minha magoa contra eles é imensa, POIS ME TRAIRAM.
FORAPT
2018-10-08 07:28:57Aécio, Alckmin é FHC detonaram o PSDB. Aécio não precisa explicar, as gravações e malas falam por si só. FHC com a declaração de apoio ao PT no segundo turno. Alckmin, com os ataques a Bolsonaro, serviu de escada para o PT, contribuiu para o câncer vermelho ir para o segundo turno.
Henrique
2018-10-08 07:13:38PSDB esta pagando o preço de ter sido uma oposição omissa ao PT, vacilante nas posições de FHC e indiferente frente às trabalhadas de Aécio.
VICENTE
2018-10-08 03:46:06O caminho natural é tirar a máscara e se fundir ao PT.
Nilo
2018-10-08 01:33:40PSDB como partido igual ao MDB avalisou por omissão todas as barbaridades petistas, merece o ostracismo por só ter pensado no próprio umbigo e não perceber os anseios da sociedade