Próxima estação? São Bento Hip Hop
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou nesta sexta-feira, 17, um projeto de lei que queria dar um novo nome à estação São Bento, uma das principais e mais centrais do metrô de São Paulo. A parada, que dá acesso a locais como o Vale do Anhangabaú e a rua 25 de...
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou nesta sexta-feira, 17, um projeto de lei que queria dar um novo nome à estação São Bento, uma das principais e mais centrais do metrô de São Paulo. A parada, que dá acesso a locais como o Vale do Anhangabaú e a rua 25 de Março, seria rebatizada como "São Bento Hip Hop".
A proposta aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) tem sentido histórico — o largo onde a estação existe reúne, desde os anos 1970, os primeiros fãs do rap e do hip hop na cidade, recebendo batalhas de rappers e sendo o berço do Racionais MC's, o maior grupo brasileiro do tipo. Apesar disso, Tarcísio não viu sentido na ideia.
Para ele, é uma prerrogativa sua definir como se chamará a estação, uma vez que o Metrô é ainda uma estatal. "A iniciativa para edição de lei sobre a matéria, se porventura fosse necessária, é reservada ao chefe do Poder Executivo", escreveu em resposta a Alesp. "A conversão da propositura em lei configuraria indevida interferência do Poder Legislativo em atribuições próprias dos representantes do Poder Executivo na referida empresa."
Ele ainda alega que a mudança poderia causar confusão aos usuários do transporte público e gerar custos ao erário. O veto agora será analisado pela Alesp.
No entanto, tais mudanças de nomes são cada vez mais frequentes no metrô de São Paulo: uma estação na mesma linha da estação São Bento teve seus direitos de marca vendidos à uma farmácia predominante na região; a "Liberdade" virou "Japão-Liberdade" e a parada "Jardim São Paulo" passou a homenagear Ayrton Senna, que cresceu na região.
Na zona leste, os nomes de duas estações foram vendidos a uma rede de atacadistas e uma rede de lojas de calçados, em uma prática para garantir mais verba ao metrô. A estação "Paulista", da linha 4-Amarela, foi vendida esse ano a uma rede de lojas de departamento; e o próprio Tarcísio autorizou que a estação Vila Sônia recebesse o nome de uma professora morta em um ataque escolar, em abril deste ano.
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Comentários (2)
Iara Belli Passos
2023-11-18 18:04:02Era do o que faltava mudar os nomes de acordo com os plantonistas.
Sônia Adonis Fioravanti
2023-11-17 13:20:34ALESP ,governador ,prefeito e vereadores .FAZEM O QUE PELA POPULAÇÃO ,SEM TETO ,CIDADE ABANDONADA ,FALTA LUZ ,LANCHES DAS ESCOLAS VERGONHOSO ,FALTAM PROFESSORES PARA USP ETC E PERDEM TEMPO E DINHEIRO MUDANDO NOMES ? Fala sério