Prisões por Brumadinho
O Ministério Público de Minas Gerais realiza na manhã desta sexta-feira, 15, uma operação de prisão de oito funcionários da Vale e de cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é apurar a responsabilidade criminal pelo rompimento das barragens na Mina Córrego do Feijão....
O Ministério Público de Minas Gerais realiza na manhã desta sexta-feira, 15, uma operação de prisão de oito funcionários da Vale e de cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é apurar a responsabilidade criminal pelo rompimento das barragens na Mina Córrego do Feijão.
Entre os presos está o funcionário Alexandre de Paula Campanha, suspeito de ter pressionado o engenheiro Makoto Namba, da empresa TÜV SÜD, a assinar um laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho.
A operação ocorre um dia depois de o presidente da Vale, Fábio Schvartsman (foto), ter afirmado que a companhia não pode ser condenada pelo desastre de Brumadinho e dito que a empresa é uma "joia brasileira", em sessão da Comissão Externa criada na Câmara dos Deputados para acompanhar o acidente. Até ontem, o número de mortos confirmados pelo acidente era de 166.
Dos oito presos, quatro são gerentes da Vale (dois deles, gerentes executivos) e quatro, integrantes de equipes técnicas. Todos são diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da Barragem 1 da Mina de Córrego do Feijão no dia 25 de janeiro, segundo comunicado do Ministério Público.
As prisões temporárias foram decretadas pelo prazo de 30 dias, porque a Justiça aceitou o argumento da promotoria de que há fortes indícios de autoria ou participação dos investigados no desastre, e portanto, "na prática de centenas de crimes de homicídio qualificado, considerados hediondos". Também são apurados crimes ambientais e de falsidade ideológica.
Os mandados de busca e apreensão foram realizados em São Paulo e Belo Horizonte contra quatro funcionários da TÜV SÜD: um diretor, um gerente e dois integrantes do corpo técnico. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da Vale, no Rio de Janeiro.
A Vale informou que está "colaborando plenamente com as autoridades e permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos".
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Comentários (10)
Cleidi
2019-02-15 23:48:18Bandidos travestidos de executivos engenheiros etc
Gilberto
2019-02-15 16:42:33Prende o Presidente da Vale que ele entrega os outros.
Maria
2019-02-15 15:51:50E o presidente quando será preso? ou ele nao sabia de nada?
Renato
2019-02-15 15:26:37Passou da hora de prender o presidente da Vale!
Ruy Augusto
2019-02-15 12:59:17Numa sociedade livre de verdade, culpados respondem por seus crimes. Nos Estados Oligárquicos, como o nosso, você que se foda.
Julio
2019-02-15 12:09:28Sem dúvida, não adianta prender os "peixinhos", paus mandados! A alta direção da empresa é que tem de ser responsabilizada!! E presa!!!
Antonio
2019-02-15 12:06:59É uma joia manchada de sangue, dor, morte, e destruição do meio ambiente, do Rio Doce e que nada paga por seus erros. A grande responsável por esta desgraça é a União Federal responsável constitucionalmente pelo meio ambiente que deve pagar as indenizações e depois cobrar da Vale. É isto que ninguém comenta, e que nos irrita. Fazem reuniões com a Vale e a União só promove as reuniões. Vamos agir advogados das vítimas.
MAXIMILIANO
2019-02-15 12:03:37Como eu gostaria de encontrar, cara-a-cara, com esse presidente-mau-caráter pra esfregar nas fuças dele o que eu e, imagino, os cidadãos brasileiros pensamos ao seu respeito; dizer a essa figura escrota que ele e a Vale são, assim como o agronegócio, as jóias do oportunismo predatório, destruidor e dilapidador dos recursos minerais e do solo brasileiros; jóias que deixam um rastro de destruição por onde passam e a conta do passivo ambiental à população. Lixo de gente que não merece respirar.
Nilo Wander O. Aguia
2019-02-15 11:15:07Por uma “engenharia financeira” se chega a uma porca economia de gastos, sempre priorizando o lucro, mesmo relativizando a segurança. Como nesta tragédia monstruosa!!! E no caso, fora os ti-ti-tis, a clara responsabilidade maior não é de quem faz os “cálculos” e sim de quem MANDA fazer e DECIDE a execução da estratégia. São muitos os culpados e quanto maior o poder decisório, maior a culpa!!! Não dá para gestores alegarem “ignorância”. Seria exemplar uma condenação dura para TODOS os envolvidos.
Claudionor
2019-02-15 11:10:12Não há "jóia" cujo valor compense uma vida perdida Sr presidente da CVRD. Suas explicações são cada vez mais tortas e menos críveis.