Prisioneiros de guerra começam a retornar à Ucrânia
Cessar-fogo provisório permitiu libertação de 175 soldados ucranianos capturados pela Rússia na guerra

O acordo de cessar-fogo provisório firmado entre a Ucrânia e Rússia permitiu o retorno de 175 soldados ucranianos capturados em território russo nesta quarta, 19.
O grupo inclui militares que combateram pelas Forças Armadas, Marinha, Guarda Nacional, Forças de Defesa Territorial e Serviço de Guarda de Fronteira.
Eles atuaram em cidades como Donetsk, Luhansk, Kherson, além de regiões estratégicas entre as quais Kharkiv, Mykolaiv, Zaporizhzhia, Sumy e Kursk.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, os presos "foram libertados do cativeiro russo" e receberão "assistência médica e psicológica".
Além disso, a Rússia também libertou 22 militares que foram gravemente feridos, aos quais, segundo Zelensky, foram atribuídos "crimes forjados".
"Agradeço à nossa equipe pelo importante trabalho em encontrar prisioneiros de guerra ucranianos e facilitar as trocas, bem como pelos resultados que trazem esperança. Também somos gratos a todos os nossos parceiros, especialmente aos Emirados Árabes Unidos, por tornarem a troca de hoje possíve. A Ucrânia se lembra de cada um dos nossos heróis e traremos todo o nosso povo para casa", escreveu o presidente da Ucrânia no X.
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Violação
Zelensky acusou nesta quarta-feira, 19, a Rússia, do ditador Vladimir Putin, de ter violado o acordo de cessar-fogo parcial anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
"Mesmo esta noite, após a conversa de Putin com o presidente Trump, quando Putin supostamente disse que havia dado a ordem para interromper os ataques aos alvos energéticos ucranianos, 150 drones atingiram infraestrutura de energia, transporte e, infelizmente, dois hospitais”, disse Zelensky em entrevista coletiva em Helsinque, capital da Finlândia.
“As palavras de Putin são muito diferentes da realidade”, continuou.
Os ataques russos
Poucas horas após o término da ligação entre Putin e Trump, explosões foram ouvidas em Kiev, a capital da Ucrânia.
Seis mísseis russos e 145 drones danificaram a infraestrutura civil em todo o país, atingindo suprimento de energia da rede ferroviária estatal da Ucrânia na região de Dnipropetrovsk.
Segundo a operadora nacional, “há trechos sem energia, mas o tráfego de trens continua conforme o cronograma”.
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