Presidente do STJ suspende inquérito sobre enriquecimento de Ricardo Salles
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, suspendeu durante o plantão judiciário o inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo para investigar o ex-ministro Ricardo Salles (foto) por suposto enriquecimento ilícito. A Promotoria já havia conseguido na Justiça paulista quebrar os sigilos bancário e fiscal do ministro, da mãe dele e do...
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, suspendeu durante o plantão judiciário o inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo para investigar o ex-ministro Ricardo Salles (foto) por suposto enriquecimento ilícito.
A Promotoria já havia conseguido na Justiça paulista quebrar os sigilos bancário e fiscal do ministro, da mãe dele e do escritório de advocacia que ambos têm em sociedade. O passo seguinte seria tomar o depoimento de supostos clientes que repassaram dinheiro à banca de Ricardo Salles.
No fim de 2021, o ex-ministro do Meio Ambiente pediu ao presidente do STJ a suspensão imediata do inquérito, alegando "prolongamento sem justa causa" da investigação e alegando que a atitude do promotor Ricardo Manuel Castro de intimar clientes da banca "busca vilipendiar a sua vida profissional e pessoal".
No dia 29 de dezembro, o ministro Humberto Martins acolheu o pedido de Salles e suspendeu o inquérito, impedindo que o promotor pratique "qualquer ato investigativo" até o julgamento do mérito do recurso, que foi distribuído por sorteio ao ministro Og Fernandes.
O inquérito foi aberto pelo MP paulista em 2019 para investigar a evolução patrimonial de Ricardo Salles, que cresceu de 1,4 milhão para 8,8 milhões de reais entre 2012 e 2018. Nesse período, ele ocupou dois cargos públicos no governo de Geraldo Alckmin em São Paulo, além de ter atuado como advogado na iniciativa privada.
Como mostrou Crusoé em 2020, a conta pessoal de Salles recebeu ao menos 7 milhões de reais em créditos entre 2013 e 2017, sendo cerca de 330 mil reais em depósitos em dinheiro vivo -- alguns, de forma fracionada.
Como uma parte desses créditos era proveniente do escritório de advocacia do ex-ministro e da conta da mãe dele, o MP paulista solicitou a extensão da quebra de sigilo, por suspeita de lavagem de dinheiro.
Ricardo Salles nega qualquer irregularidade e afirma que enriqueceu quando foi advogado na iniciativa privada, e não quando ocupou cargos públicos no governo de São Paulo.
No ano passado, quando Salles ainda chefiava a pasta do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, Crusoé revelou que ele faturou 1 milhão de reais com uma transação imobiliária relâmpago em São Paulo.
Salles deixou o governo pouco depois: pediu demissão do ministério alegando que precisava se defender nos inquéritos que o investigam por suposto envolvimento em esquemas de extração e exportação ilegal de madeira.
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Comentários (10)
Ricardo
2022-01-09 14:59:42bla, bla, bla eita revistinha fofoqueira
Suely
2022-01-08 22:16:28temos um judiciário de " alto nível"para liberar bandidos. bastante revoltante
Eliomar
2022-01-08 18:45:50A justiça do Brasil é uma vergonha o crime compensa.
Solange
2022-01-08 13:51:00Esse Humberto Martins ainda tem esperança de ir para o Supremo. #Save the Amazon #Ricardo Sales na Cadeia
Jose
2022-01-08 13:08:30A guerilha bozista contra a população brasileira já matou mais de 600 mil pessoas. Para efeitos comparativos, isto significa 12 vezes mais do total de mortos na guerra do Paraguai, o conflito mais sangrento que o país já enfrentou. Bozistas são corruptos, criminosos e traidores. Merecem prisão perpétua!
AMAURY FEITOSA
2022-01-08 12:10:48.. tática manjadíssima de quadrilhas pilhadas roubando em guerra contra o povo .. nivelar a rodos na sua sujeira criminosa .. não cola.
JO EL
2022-01-08 12:02:09So mais um caso de roubalheira explicita em que juizes venais decidem passar a borracha da safadeza e limpar a ficha de mais um que enriquece de forma mais que suspeita e com provas mais que suficientes para abrir o inquerito e apurar, simplesmente prevalece os interesses escusos das decisoes da corte suprema destes ultimos tempos. Moro 2022 + lavajato + lavatoga, prisao em segunda instancia, nao reeleicao com mandato presidencial de 5 anos, voto distrital + vergonha na cara desta casta do poder
KEDMA
2022-01-08 11:53:30Essa justiça capenga deixa muito a desejar no Brasil, infelizmente.
Odete6
2022-01-08 11:24:21É impressionante a conduta desavergonhadamente marginal dessa gente espúria q enlameia a Justiça!!!! Deveria ser prevista legislação punitiva ao quádruplo p/ qualquer agente do Direito q se conduza como verdadeiro bandido, atuando criminosamente contra a NAÇÃO e o cidadão, depois de ter levado banho de plena informação, de sólido conhecimento e de total noção dos conceitos de legalidade, de ética, de licitude, de moralidade, sabendo em profundidade e extensão o q significam e como se aplicam!!!!
Silvino
2022-01-08 11:22:49Parece que João Plenário está fazendo escola na alta corte do país, agora por pura imitação o digníssimo Humberto Martins acompanha as traquimagens do mentor mor : trancando as ações, ou protelando decisões, tudo com um objetivo lá na frente - A IMPUNIDADE GERAL E IRRESTRITA AOS PODEROSOS DO MOMENTO DE POLITÍCOS E EMPRESÁRIOS ENVOLVIDOS EM FALCATRUAS. Até quando perdurará esse estado de coisas?