Por que o governo do Uruguai cancelou um acordo com a ditadura de Cuba
O Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai anunciou esta semana que não renovará um dos acordos feitos com a ditadura de Cuba. O convênio em questão, de 2019, incluía o envio de cinco profissionais — um ortopedista e quatro especialistas em tecnologias de saúde — para o Centro Nacional de Ajuda Técnica e Tecnológica, Cenatt,...
O Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai anunciou esta semana que não renovará um dos acordos feitos com a ditadura de Cuba.
O convênio em questão, de 2019, incluía o envio de cinco profissionais — um ortopedista e quatro especialistas em tecnologias de saúde — para o Centro Nacional de Ajuda Técnica e Tecnológica, Cenatt, que atende pessoas com deficiências.
Contudo, apenas dois profissionais cubanos se apresentaram. Pelo acordo, os cubanos ficariam encarregados de fazer cadeiras de rodas, muletas, equipamentos de audição e próteses para pessoas sem recursos. Para trabalhar, eles deveriam se credenciar como profissionais formados, o que não aconteceu.
Assinado durante a presidência do esquerdista Tabaré Vázquez (na foto, à esquerda, em visita ao Cenatt), o acordo também falava que os cubanos deveriam estabelecer os padrões de qualidade e formar profissionais uruguaios, os quais trabalhariam em uma unidade para avaliar as próteses produzidas. Nada disso saiu do papel.
"O acordo com o Cenatt não foi muito grande em termos de número de profissionais ou de valores, mas teve um enorme peso político quando foi assinado. Muitos médicos uruguaios ficaram incomodados porque havia profissionais no país aptos para desempenhar a função. Então o acordo foi visto apenas como uma maneira de enviar dinheiro para a ditadura cubana, assim como o Mais Médicos do Brasil", diz o engenheiro de informática cubano Lidier Hernández Sotolongo, que é ativista de direitos humanos e vive no Uruguai desde 2016.
O cancelamento pode ter impacto em outro acordo, de maiores proporções. Desde 2007, médicos cubanos realizam milhares de operações de catarata no Hospital de Olhos José Martí, em Montevidéu. "Nesse caso, a preocupação principal é com a formação dos profissionais. Muitos deles têm título de procedência duvidosa, porque fizeram apenas um curso intensivo, e sabemos que há espiões da ditadura entre eles", diz Hernández.
Em dezembro de 2019, seis dos nove médicos oftalmologistas cubanos que fizeram uma prova para revalidar o diploma não passaram no teste.
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Comentários (5)
Jose
2021-08-20 18:59:29Governos militarizados são todos iguais. Vejam o governo do Bozogenocida, pago pelos grileiros, milicianos e doações da Ku Klux Klan.
André
2021-08-20 18:27:54Medicina avançada exige pesados investimentos em pesquisa e formação de pessoal. Sendo miserável, Cuba não tem como alardear, como faz, que possui uma medicina avançada com profissionais preparados. A propaganda comunista não cabe no mundo globalizado. Parabéns ao Uruguai que faz o que é certo!!!
André
2021-08-20 17:59:58Em breve os esquerdistas irão convidar especialistas do Haiti e de Bangladesh. Nada contra os países pobres mas, bom senso e raciocínio não fazem mal à ninguém. Por que o Uruguai não faz convênio com o Brasil? A A.A.C.D. em São Paulo, por exemplo, tem excelentes fabricantes de aparelhos e próteses ortopédicas e os uruguaios poderiam aprender com eles!
Peter
2021-08-20 16:00:07Um clássico. Sabe-se que grande parte dos tais "médicos" cubanos são melhores efermeiros.
KEDMA
2021-08-20 15:46:18A ditadura cubana deveria se auto-sustentar. Ficarão a ver navios em futuro próximo.