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Por que democratas começaram a reclamar de Joe Biden

03.07.24 09:46

Membros do Partido Democrata começaram a criticar publicamente a insistência do presidente Joe Biden (foto) em seguir na campanha para a reeleição, mesmo após o fracasso no debate da quinta, 27.

Nesta terça, 2, o deputado democrata Lloyd Doggett, de Austin, no Texas, publicou uma nota solicitando a saída de Biden da corrida presidencial: “Biden salvou a nossa democracia ao nos libertar de Trump em 2020. Ele não deve nos entregar para Trump em 2024“.

A pressão dentro do partido ocorre porque a eleição presidencial ocorre em paralelo com a da Câmara dos Deputados e do Senado.

Sendo assim, candidatos democratas para o Legislativo podem ser negativamente impactados se o nome à frente da agremiação não for capaz de empolgar o eleitorado.

Todos os 435 assentos da Câmara dos Deputados e 34 do Senado (de um total de 100) serão renovados na eleição de 5 de novembro, além de 13 governos estaduais.

 

Leia em O Antagonista: Primeiro congressista democrata pede saída de Biden da eleição

 

Para todos esses candidatos ao Congresso, é importante motivar os eleitores para comparecer às urnas, uma vez que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.

Se o candidato principal do partido for uma pessoa que não tem chances e não tem qualidade alguma, então todos os integrantes do partido saem perdendo.

 

Financiamento

Além de não motivar os eleitores, esses demais candidatos costumam perder as chances de conseguir arrecadar fundos de campanha. Nos Estados Unidos, não há fundos públicos para eleições e tudo depende da capacidade de mobilizar recursos.

Contudo, a atual situação levou a um fenômeno inverso.

Nos últimos dias, os grandes doadores, que tradicionalmente doam milhões para campanhas, prometeram aumentar as verbas para candidatos democratas para a Câmara e para o Senado, pois já veem como diminutas as chances de Biden se reeleger.

Muitos grandes doadores próximos ao Partido Democrata temem que ocorra uma “trifecta republicana” no próximo ano, o que implicaria em um domínio do Partido Republicano na Câmara, no Senado e na Casa Branca.

Uma situação como essa aumentaria a chance de Trump agir de maneira autoritária nos dois primeiros anos de governo, até que uma nova eleição renove toda a Câmara e parte do Senado.

O problema para os democratas é que os recursos para a campanha de nada adiantam se os eleitores não forem convencidos a votar em novembro.

 

Assista ao trecho do Papo Antagonista desta terça, 2, sobre a eleição americana:

 

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