Por que a oposição diz que houve fraude eleitoral na Venezuela
As eleições na Venezuela são feitas com urnas eletrônicas. Os venezuelanos habilitados a votar tocam na tela da urna, da mesma forma que acontece no Brasil. Mas, em seguida, sai um pequeno recibo com o nome do candidato escolhido. Eles, então, depositam esse papel em uma urna física. É por isso que o ditador Nicolás...
As eleições na Venezuela são feitas com urnas eletrônicas.
Os venezuelanos habilitados a votar tocam na tela da urna, da mesma forma que acontece no Brasil.
Mas, em seguida, sai um pequeno recibo com o nome do candidato escolhido. Eles, então, depositam esse papel em uma urna física.
É por isso que o ditador Nicolás Maduro disse na semana passada que as urnas venezuelanas são auditáveis, e as brasileiras não.
A fraude eleitoral ocorreu depois que os votos foram depositados nas urnas.
Cada centro eleitoral emite uma ata eleitoral, mostrando quantos votos cada candidato teve.
Uma folha é impressa com essas informações.
Esse processo, segundo a lei, deve ser acompanhado por testemunhas credenciadas dos vários partidos, incluindo da oposição.
Na noite deste domingo, 28, foi possível ver várias dessas pessoas saindo dos centros de votação com uma cópia da ata e comunicando às pessoas presentes os resultados.
Várias dessas atas foram fotografadas e compartilhadas nas redes sociais (abaixo).
Todas as atas que foram divulgadas mostravam uma vitória esmagadora do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia (na foto, com María Corina).
Com as atas disponíveis, a oposição ficou confiante que teria a vitória.
Quando membros da oposição dizem que "as pessoas sabem o que passou", é porque os venezuelanos conhecem os resultados nos vários centros. Eles viram as atas.
Mas, em vários locais, testemunhas da oposição não puderam acompanhar esse processo ou não receberam as atas.
A oposição afirma que só conseguiu ver 40% das atas.
Depois, era preciso que as atas fossem transmitidas para o Conselho Nacional Eleitoral, CNE, o que não ocorreu em "uma quantidade importante" dos 15 mil centros de votação, segundo a oposição.
Em Caracas, o CNE divulgou um número não condizente com as atas que tiveram o conteúdo divulgado.
Elvis Amoroso, o diretor do CNE, disse que a vitória de Maduro já estava confirmada com 80% das atas apuradas, e que o resultado seria irreversível.
Nos resultados preliminares, Maduro aparecia com 51,2% e Edmundo González com 44%.
Com base nas atas, a líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que a oposição venceu com 70% dos votos.
“Vencemos e todos sabem disso”, disse María Corina em entrevista coletiva durante a madrugada. “Queremos dizer a toda a Venezuela e ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia. Ele obteve 70% dos votos e Nicolás Maduro, 30%. Esta é a verdade”, disse ela.
Nos próximos dias, espera-se que o CNE divulgue os dados das eleições por mesa, município e estado. Isso já ocorreu no referendo sobre a região de Essequibo, na Guiana. Então, será possível comparar os números oficiais com os das atas que foram divulgadas.
Se os números da ditadura forem muito díspares, as irregularidades ficarão evidentes.
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Comentários (3)
Luiz
2024-07-29 17:18:59Não se esperava outra coisa desse ditador que colocou o país numa miséria de 70% da população, comendo restos de comida, e quantos morreram? milhões abandonaram o país, um absurdo esse ditador permanecer, fraude total...
Curitibano
2024-07-29 15:55:46Uma fraude escancarada em inúmeros capítulos até a farsa final deste domingo.
Amyr G Feitosa
2024-07-29 08:28:38O "resultado" curiosamente foi exatamente o mesmo que as "urnas indevassáveis" dos drs. Verboso e Xande e ninguém se tocou prá esta "feliz coincidência" .. eleição não se ganha, se toma ... missão dada, missão cumprida !!! NO CENSOR please.