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    Política migratória de Trump ameaça economia dos EUA

    Estudo do Fed alerta: políticas de Trump contra imigrantes podem desacelerar a economia e custar centenas de bilhões de dólares

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    José Inácio Pilar
    5 minutos de leitura 16.07.2025 14:37 comentários 0
    Imagem: IA por José Inácio Pilar
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    As políticas de imigração adotadas por Donald Trump em seu segundo mandato, iniciado em 2025, reacenderam um debate que divide economistas, políticos e a opinião pública: até que ponto o endurecimento no controle de fronteiras é compatível com o bom desempenho da economia dos Estados Unidos?

    O governo atual vem impondo restrições severas à entrada de novos imigrantes e prometendo deportações em massa. Mas, segundo um estudo do Federal Reserve Bank de Dallas, essa estratégia pode custar caro. Publicado em 8 de julho de 2025, o relatório estima que as novas políticas podem desacelerar o crescimento do PIB em 0,81 ponto percentual este ano. E se as deportações forem intensificadas, o impacto pode chegar a 1,5 ponto percentual até 2027.

    Com base em dados históricos entre 1955 e 2019, o estudo simula cinco cenários de redução na imigração. A conclusão mais preocupante: 93% das perdas projetadas vêm da diminuição no número de novos imigrantes, e não das deportações em si. Isso porque a menor entrada de trabalhadores estrangeiros atinge diretamente a oferta de mão de obra, o consumo interno e a arrecadação de impostos.

    A economia americana depende profundamente do trabalho de imigrantes. Eles representam cerca de 18% da força de trabalho, segundo o Bureau of Labor Statistics, com forte presença em setores essenciais como agricultura, construção civil, limpeza, hotelaria e saúde. E é aí que mora o risco: menos imigrantes pode significar mais escassez, salários pressionados e inflação em alta.

    Mas a discussão não se limita às ações de Trump. Sob o governo anterior, de Joe Biden, o tom muitas vezes visto como leniente em relação à imigração ilegal também foi alvo de muitas críticas. Entre 2021 e 2024, mais de 7 milhões de migrantes foram interceptados na fronteira sul, conforme o Departamento de Proteção de Fronteiras americano.

    Muitos deles foram liberados para aguardar audiências de imigração, um processo que pode levar anos. Para alguns analistas, como os do conservador Center for Immigration Studies, essa permissividade funcionou veladamente como uma válvula de escape para setores da economia que demandam mão de obra barata e pouco qualificada.

    Por outro lado, a Federação para Reforma da Imigração Americana aponta um custo elevado dessa política. Em relatório de 2023, a entidade estimou que a presença de imigrantes ilegais gera um custo líquido de 150,7 bilhões de dólares por ano, considerando despesas com saúde, educação e segurança, já descontadas as receitas fiscais geradas por esses trabalhadores.

    Agora, Trump não quer apenas apertar a entrada de novos migrantes, mas também desmontar programas de proteção como o DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) e o TPS (Temporary Protected Status).

    Segundo o Migration Policy Institute, cerca de 1,8 milhão de pessoas podem perder sua condição legal e o direito de trabalhar — incluindo 600 mil beneficiários do DACA, 610 mil do TPS e mais de 500 mil migrantes atendidos por programas de liberação humanitária.

    Por trás do discurso humanitário, havia uma conveniência econômica difícil de ignorar: ao permitir a entrada e permanência de muitos imigrantes ilegais, o sistema garantia mão de obra mais barata, sem os direitos e custos associados a trabalhadores legais.

    Essa tolerância interessava a muitos setores, que exploravam o limbo jurídico desses imigrantes para manter baixos os salários e altos os lucros — visto por muitos como uma hipocrisia estrutural disfarçada de deliberada omissão política.

    De toda forma, essa perda de mão de obra pode comprometer ainda mais a economia. Em sua análise de meio de ano, o banco JPMorgan classificou a política migratória de Trump como um “risco de baixa subestimado” para os EUA. A previsão do banco é de que o fluxo líquido de imigrantes em 2025 se aproxime de zero, o que, se confirmado, afetaria negativamente o crescimento e poderia pressionar a inflação.

    Enquanto isso, o governo já se prepara para dar forma à promessa de deportações em massa. O American Immigration Council calcula que remover 1 milhão de pessoas por ano custaria cerca de  88 bilhões de dólares por ano.

    Uma operação de remoção em larga escala — de cerca de 13 milhões de imigrantes sem situação definida — poderia custar até 315 bilhões de dólares. Além dos desafios logísticos, a execução dessa medida exigiria uma expansão radical do sistema de imigração do país.

    E dinheiro para isso não falta: o Congresso americano aprovou, em 2025, um pacote de 170 bilhões de dólares para reforçar a política migratória e de fronteiras. Essa verba cobre desde a construção de barreiras físicas até a ampliação de centros de detenção e contratação de mais agentes. Nessa verba não se inclui as obras de ampliação do muro polêmico na fronteira com o México, que já teriam avançados mais de 80 quilômetros só em 2025.

    Com isso, o Trump se vê diante de um dilema: mantém seu compromisso anti-imigração ou prioriza maior crescimento econômico? O governo Biden apanhou com acusações de negligência e leniência com imigrantes ilegais.

    O governo Trump, por sua vez, pode ser acusado de sacrificar uma importante base produtiva da economia em nome de uma promessa eleitoral. No fim das contas, o desafio permanece o mesmo — encontrar um equilíbrio entre controle migratório e dinamismo econômico, sem cair nos extremos que ameaçam mais do que resolvem.

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