PF quer mais 30 dias para concluir inquérito sobre Bolsonaro
A delegada Christiane Corrêa Machado, da Polícia Federal, quer mais 30 dias para concluir a investigação sobre a interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O pedido foi endereçado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que pediu um parecer da Procuradoria-Geral da República. Nesta semana, o processo foi alimentado pelos depoimentos do...
A delegada Christiane Corrêa Machado, da Polícia Federal, quer mais 30 dias para concluir a investigação sobre a interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O pedido foi endereçado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que pediu um parecer da Procuradoria-Geral da República.
Nesta semana, o processo foi alimentado pelos depoimentos do empresário Paulo Marinho e do chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, Miguel Grillo. As declarações permanecem em sigilo, por ordem do decano da Suprema Corte.
Marinho relatou que Flávio Bolsonaro, então deputado estadual, lhe contou que soube da operação Furna da Onça por meio de um delegado da PF, e que também foi alertado sobre as movimentações atípicas de seu homem de confiança, Fabrício Queiroz.
Os delegados responsáveis pela investigação ainda cobraram do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, provas de demonstrações da insatisfação de Bolsonaro com sua segurança pessoal no Rio. À PF naquele estado, requisitaram informações sobre supostos vazamentos da Operação Furna da Onça.
O famoso vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril também está nos autos dessa investigação. Ele é considerado pela defesa do ex-ministro Sergio Moro como prova cristalina de que Bolsonaro queria intervir na PF para proteger parentes e amigos.
Em entrevista à Crusoé, Moro afirmou que o governo "construiu uma versão de que ele estava falando de segurança" e, não, da PF. "Só que isso não se sustenta, porque não havia nenhuma insatisfação com a segurança física dele e, por outro lado, a versão nem é convergente com o fatos posteriores, em que há mudanças na polícia e a minha demissão, e não a demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional", disse.
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