PF ouve homem que aparece em foto com Adélio Bispo
A Polícia Federal ouviu nesta segunda-feira, 27, Luciano Carvalho de Sá no âmbito da investigação sobre o atentado à faca sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a eleição de 2018. Conhecido como “Luciano Mergulhador”, Sá é um ativista que aparece em uma foto tirada em Florianópolis, em Santa Catarina, com Adélio Bispo, autor da facada,...
A Polícia Federal ouviu nesta segunda-feira, 27, Luciano Carvalho de Sá no âmbito da investigação sobre o atentado à faca sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a eleição de 2018.
Conhecido como “Luciano Mergulhador”, Sá é um ativista que aparece em uma foto tirada em Florianópolis, em Santa Catarina, com Adélio Bispo, autor da facada, durante a greve dos caminhoneiros em 2017. Ele segurava a placa com as frases “Renuncia Temer” e “Políticos Inúteis”.
Em uma live gravada no domingo, 27, com um jornalista bolsonarista, Sá colocou em xeque a investigação da PF, disse que Adélio teria confidenciado que frequentou o gabinete do então deputado Jean Willys e afirmou que o esfaqueador não tem problemas psiquiátricos.
À PF, nesta segunda, Sá não sustentou o que disse na live.
Questionado sobre Adélio, o ativista disse que não o conhece e que o único contato com ele foi durante a manifestação em Florianópolis — justamente no dia em que os dois tiraram uma foto juntos. “Que indagado, afirma que naquela ocasião não houve nenhum comentário sobre atentar contra a vida de políticos, especificamente contra o presidente Jair Bolsonaro, na época deputado federal”, disse Sá à PF.
Sobre ter citado o deputado Jean Wyllys e supostas visitas de Adélio Bispo à Câmara dos Deputados, Sá esclareceu que “na ocasião (no dia da foto) conversou com várias pessoas no local sobre o movimento e se recorda de alguém ter comentado sobre os deputados do Anexo 4 (na Câmara dos Deputados), ou seja, os deputados de esquerda, tendo sido citado expressamente o ex-deputado Jean Wyllys”.
Sobre o motivo da menção ao nome de Jean Wyllys, depois utilizada na live com o jornalista bolsonarista, diz um trecho do depoimento: “Que esclarece que o comentário sobre tais deputados se deu em razão da frase ‘políticos inúteis’ no verso do cartaz ‘Fora Temer’, tendo alguém afirmado que não são todos os políticos inúteis, sendo citado os deputados do Anexo 4 (um dos prédios que abrigam os gabinetes da Câmara) e expressamente o deputado Jean Wyllys”.
Questionado sobre o motivo de ter feito a live, Sá afirmou que “participou pelo repórter Oswaldo Eustáquio, seu conhecido desde 2016 na cidade de Paranaguá” e que não recebeu dinheiro para gravar o vídeo, publicado no YouTube.
Após a PF tomar o depoimento do mergulhador, Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente, compartilhou um post em que o jornalista bolsonarista responsável pela live diz que a “última testemunha viva que esteve com Adélio Bispo confirmou em depoimento à Polícia Federal na manhã desta segunda-feira que o elo perdido entre Adélio Bispo e a Câmara Federal é Jean Wyllis”. “A grave denúncia feita na live de ontem agora é oficial”, prossegue o texto. Crusoé teve acesso ao depoimento de Sá. Em nenhum momento ele faz essa afirmação.
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