Portugal está mais pessimista do que o Brasil
Os portugueses estão mais pessimistas com a situação econômica e social do país nos próximos 12 meses do que os brasileiros. Enquanto 82% dos portugueses acreditam que a inflação vai aumentar e 50% têm a mesma percepção a respeito do desemprego, os números no Brasil são de 52% e 38%, respectivamente. O mesmo vale para...
Os portugueses estão mais pessimistas com a situação econômica e social do país nos próximos 12 meses do que os brasileiros. Enquanto 82% dos portugueses acreditam que a inflação vai aumentar e 50% têm a mesma percepção a respeito do desemprego, os números no Brasil são de 52% e 38%, respectivamente. O mesmo vale para temas como segurança e saúde. Em Portugal, 46% têm expectativa de piora na segurança e 50% temem que o acesso aos serviços de saúde diminua, contra 29% e 24% dos brasileiros.
Os números vêm de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelos institutos Ipesp, do Brasil, e Pitagórica, de Portugal, e realizada com apoio do Fórum de Integração Brasil Europa, para identificar as percepções que os dois povos têm a respeito de si mesmos, e um do outro, no Bicentenário da Independência. Foram ouvidas 800 pessoas no Brasil e o mesmo número em Portugal, entre os dias 9 e 21 de agosto. A margem de erro do levantamento é de 3,5 pontos.
Quando estimulados a olhar para o outro lado do Atlântico, 21% dos brasileiros pensam antes de mais nada nas relações históricas e econômicas com Portugal, e 19% veem no país europeu uma terra de oportunidades e boa qualidade de vida. Nada menos que 84% acreditam que viver em Portugal é bom ou muito bom. A maioria dos portugueses, por sua vez, lembra do Brasil como um destino turístico (37%) ou por causa do carnaval, do samba e do futebol (15%). Um contingente de 64% acredita que o Brasil é um lugar ruim ou muito ruim onde se morar.
A despeito das notícias sobre discriminação contra imigrantes brasileiros, que hoje compõem a maior comunidade estrangeira no país, a pesquisa mostra que 64% dos portugueses acreditam que o fenômeno é bom para os dois povos, enquanto 21% pensam que ele beneficia apenas os brasileiros, sendo ruim para os portugueses.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (6)
Lucia
2022-09-08 01:47:14Não me admiro que 64% dos portugueses acreditem que aqui seja ruim ou muito ruim para se morar! O contingente de brasileiros que se mudou pra Portugal atrás de um sonho foi absurdo! Agora grande parte caiu na real e viu que a mudança não passou disso: um sonho. O mercado de trabalho é pequeno pra tanta gente e os perímetros urbanos das cidades não comportam grandes multidões!
SONIA MARIA CAVINATTO
2022-09-07 16:52:54A xenofobia contra os brasileiros é crescente. Mesmo que não existisse, morar em outro país nos reduz à condição de exilados. Isso tem um peso emocional, evidenciado pelo tempo. Muita gente tem uma visão sonhadora e infantil sobre morar em outro país. Estamos mal aqui, mas lá provavelmente continuaremos a ver só o beco, com um Atlântico no meio .
Nadiejda Caldas
2022-09-07 13:09:16Viva o nosso BRASIL, bom ou ruim, nós brasileiros o amamos da mesma forma, Afinal somos BRASILEIROS e com muito orgulho! 7/9/2022
Benedicto
2022-09-07 12:40:56Brasil tem apenas 521 anos ePortugal muitas muito mais séculos, portanto o tempo evolutivo dos portugueses favorece para colocar Portugal com povo mais evoluído donde ser Portugal um país melhor para se morar.
Franz
2022-09-06 18:33:38morei 3 anos em Portugal, não há povo mais depressivo que os portugueses, nada parece bom o suficiente para eles. Sem contar a xenofobia e racismo das gerações mais velhas
JCB
2022-09-06 15:10:46Desigualdade. Quem ganha R$ 100 mil paga 27, 5% de imposto e quem recebe R$ 5 mil paga 27%, há pouca progressividade. Quando dei aula nos EUA, pagava 35%! Na Holanda, mais de 40%! O que me intriga é que vivemos em uma democracia, as pessoas votam. Mas o produto deste voto é um Congresso, uma elite, medíocre, preocupada com reeleição, em conseguir dinheiro, com o financiamento de milhões para os pleitos, mas não se passa legislação que afete desigualdade. José Murilo de Carvalho