Pesquisa aponta saldo para Lula do encontro com Trump na ONU

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8, aponta um saldo positivo para Lula (PT) após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

O petista saiu mais "forte" politicamente para 49% dos entrevistados, "nem forte, nem fraco" para 10% e mais "fraco" para 27%. Outros 14% não responderam.

Entre os entrevistados que dizem não ter posicionamento político, ou seja, nem de esquerda, nem de direita, lulistas ou bolsonaristas, 44% responderam que o presidente saiu mais "forte" do encontro; 11%, "nem forte, nem fraco"; e 25%, mais "fraco". Cerca de 20% não responderam.

A postura de Lula

Como Trump disse querer se reunir em breve com o petista, a Quaest perguntou qual deveria ser o comportamento de Lula em meio à possibilidade de uma reunião bilateral com o presidente americano no curto prazo.

Diante da questão, os respondentes ficaram divididos.

46% disseram que ele deveria "se esforçar" para promover o encontro e discutir o tarifaço, enquanto 44% afirmaram que Lula deveria "ser cuidadoso e esperar mais".

Não souberam ou não responderam foram 10%.

Sobre a postura de Lula no encontro, 65% dos entrevistados disseram que ele deveria ser "amigável" com Trump.

Outros 25% afirmaram que tinha que ser "dura". "Nem dura, nem amigável" foram 3%. Não sabem, 7%.

"Excelente química"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que teve uma "excelente química" ao se encontrar com o presidente Lula quando estava entrando para discursar na 80ª Assembleia-Geral da ONU.

"Eu estava entrando aqui e o presidente do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. Acredita nisso? Nós combinamos que vamos nos encontrar na próxima semana. Nós não teremos muito tempo para falar, talvez uns 20 segundos", afirmou o americano.

"Em retrospecto, estou feliz que esperei, porque essa coisa não deu muito certo. Mas nós nos falamos, foi uma boa conversa e combinamos de falar na próxima semana", acrescentou.

"Ele me pareceu um bom homem, na verdade. Ele gostou de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto, eu não gosto. Mas tivemos ao menos 39 segundos de química excelente. Esse é um bom sinal", continuou.

A conversa

Na segunda-feira, 6, Lula e Trump conversaram por videochamada.

“Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o Presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!”, afirmou o republicano na rede Truth Social.

O presidente brasileiro pediu a Trump a “rediscussão” das sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como a suspensão de vistos e aplicação da Lei Magnitsky, e também uma nova conversa para debater o tarifaço aos produtos brasileiros.