Pesquisa aponta risco de êxodo de venezuelanos após farsa de Maduro
Uma pesquisa divulgada na semana passada pelo instituto Meganálisis aponta o rico de um "êxodo massivo" de venezuelanos nos próximos meses, caso o ditador Nicolás Maduro não abra mão do poder após negar-se a auditar os resultados da eleição presidencial do mês passado. O levantamento aponta que 43% dos venezuelanos planejam deixar o país em...
Uma pesquisa divulgada na semana passada pelo instituto Meganálisis aponta o rico de um "êxodo massivo" de venezuelanos nos próximos meses, caso o ditador Nicolás Maduro não abra mão do poder após negar-se a auditar os resultados da eleição presidencial do mês passado. O levantamento aponta que 43% dos venezuelanos planejam deixar o país em algum momento, caso a crise política — e a ditadura — se agravem.
Na prática, isso significaria que 10,4 milhões estão dispostos a deixar o país de 21,4 milhões de habitantes, incluindo 6,9 milhões de eleitores.
MEGANALISIS
ENCUESTA FLASH (8/11 Agosto)
VERDAD VENEZUELACRISIS MIGRATORIA EN PUERTA
El 43.2% que está pensando en irse de Venezuela, eso es 6.9 MM de electores en el país (Aprox. 10.4 millones de población general).
Ahora mismo, alrededor de 100 mil hacen planes para migrar ya pic.twitter.com/mKENUgSoJC— Encuestadora Meganalisis (@Meganalisis) August 13, 2024
A pesquisa aponta, por amostra, que 100 mil eleitores, ou 1,6% do universo da pesquisa, diz ter planos para deixar imediatamente o país. Ao menos 607 mil dizem planejar a saída até o próximo mês, e 1,5 milhão de eleitores dizem ter planos de emigrar até dezembro. Outros 2,6 milhão teria planos para 2025 e 2,7 milhão demostra interesse, mas sem uma data definida.
Os números devem piorar ainda mais a diáspora venezuelana, a mais forte onda de migração da década passada. Desde 2014, ao menos 8 milhões de venezuelanos deixaram o país após crises políticas e humanitárias causadas pelo fim da ditadura de Hugo Chávez e a ascensão de Maduro ao poder. São mais imigrantes que a Ucrânia (6 milhões) e a Síria (5.5 milhões), nações em guerra há pelo menos uma década.
Se confirmado, o êxodo deve afetar principalmente nações vizinhas: a Colômbia recebeu 1,5 milhão de refugiados, seguido do Peru, Chile, Equador e Argentina. O Brasil, com quem a Venezuela divide a fronteira ao sul, vem em quinto lugar — entraram 192 mil venezuelanos no Brasil em 2023, um aumento de 18% em relação ao ano anterior.
A ditadura de Nicolás Maduro, que controla as autoridades eleitorais, não liberou as atas das seções eleitorais até hoje, 23 dias após o pleito. Apuração da base de María Corina e González apontam vitória do candidato opositor com 67% dos votos — em linha do que pesquisas do Meganálisis mostravam antes da eleição. Ainda em 29 de julho, dia seguinte à eleição, a líder da oposição já havia declarado vitória de seu candidato — no entanto, Maduro segue no poder.
Leia mais em Crusoé: Maduro usa demissões para intimidar venezuelanos
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2024-08-21 12:44:20Censurado por ousar dizer a verdade pela enésima vez volto ..... mais 2 milhões de venezuelanos famintos irão ao exílio? tremei Roraima, Colômbia e Guiana !!!
Pedro
2024-08-21 11:14:48Esse êxodo é exatamente o que Maduro deseja, não se iludam. Vão embora aqueles que estão descontentes e permanecem os que gostam do regime e seu ditador populista que ficará com mais recursos para as esmolas públicas e menos opositores. É simples assim!