Perillo não tem culpa formada, diz desembargador que mandou soltá-lo

O desembargador Olindo Menezes, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu liminar na tarde de hoje, 11, mandando soltar o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. O candidato derrotado ao Senado pelo PSBD tinha sido preso ontem, na Polícia Federal em Goiânia, onde havia ido depor em inquérito onde é investigado por receber 12 milhões de reais da Odebrecth.

Na decisão liminar que concedeu, o desembargador diz que "todas as suspeitas da autoridade policial e do magistrado devem ser apuradas, mas isso não equivale a que os investigados sejam presos de logo, sem culpa formada".

Menezes acrescenta que a decisão não implica que Perillo seja inocente, mas "não há, pelos fundamentos da decisão. a demonstração da necessidade da sua prisão cautelar", segundo o site G1.

No depoimento que deu ontem, Perillo negou à PF ter recebido propina da Odebrecht. Ele é investigado no âmbito da operação Cash Delivery, originada a partir de depoimentos de executivos da construtora que denunciaram o candidato derrotado do PSDB.

O advogado do ex-governador de Goiás, Antônio Carlos de Oliveira Castro, considerou que a prisão era "arbitrária e infundada e de certa maneira afrontava outras decisões de liberdade que já foram concedidas nesta mesma operação".