Para empresas, PL que regula IA na Europa põe em perigo soberania do continente
Um manifesto assinado por líderes de empresas e professores europeus apresentou críticas à decisão do parlamento da União Europeia sobre um projeto de Lei com regras para a inteligência artificial. A legislação, que pode ser pioneira nesta tipo, foi apresentada no último mês em Bruxelas e agora segue para discussão nos 27 países do bloco....
Um manifesto assinado por líderes de empresas e professores europeus apresentou críticas à decisão do parlamento da União Europeia sobre um projeto de Lei com regras para a inteligência artificial. A legislação, que pode ser pioneira nesta tipo, foi apresentada no último mês em Bruxelas e agora segue para discussão nos 27 países do bloco.
Para o setor produtivo, no entanto, sua aprovação pode por o continente em perigo. "Em nosso entendimento, a proposta de legislação colocaria em risco a competitividade e a soberania tecnológica do continente, sem efetivamente vencer os desafios que estamos encarando", aponta o manifesto.
"Precisamos ser claros nas consequências. Assim como na invenção da Internet ou no avanço dos chips de silício, sistemas generativos de inteligência artificial são o tipo de tecnologia decisivo para a capacidade performativa e, assim, diferenciar regiões: estados com os modelos de linguagem mais poderosos terão uma vantagem decisiva", continua o texto, enviado ao parlamento. "Elas serão ferramentas poderosas que moldarão não apenas nossa economia mas também nossa cultura. A Europa não pode se dar ao luxo de ficar à margem disso."
O texto é assinado por CEOs e presidentes de conselhos de algumas das maiores empresas da região, como a Renault, Accor, Airbus, Merck, Siemens, Heineken e Danone
O modelo de regulação pretendido pela União Europeia, dividindo os sistemas de acordo com seus riscos, é visto por especialistas como inovador, mas arriscado.
"O projeto europeu tem pontos positivos, como o modelo de gestão baseada em risco, mas também é um modelo mais centralizado e estático do que o discutido pelo Reino Unido, Cingapura e Austrália", afirmou Gustavo Borges, diretor do think tank LabSul. "É importante ressaltar que não há uma única fórmula para os modelos regulatórios, pois cada país possui suas próprias características, contextos socioeconômicos e necessidades específicas."
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