Padilha deve ser anunciado como ministro da Saúde após o Carnaval
Na quinta da semana passada, Lula indicou a interlocutores que deve mesmo substituir Nísia como primeiro passo da ampla reforma ministerial
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O atual ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deve ser anunciado como o novo ministro da Saúde após o Carnaval. Lula bateu o martelo e vai rifar Nísia Trindade do Ministério da Saúde. A informação é de O Globo e foi confirmada por Crusoé.
Na quinta da semana passada, Lula indicou a interlocutores que deve mesmo substituir Nísia como primeiro passo da ampla reforma ministerial que será desencadeada após o Carnaval. A tendência, no entanto, é que essa ampla reforma ocorra a conta-gotas.
Lula demonstrou descontentamento com o rendimento da ministra. Esse desconforto aumentou ao longo de fevereiro, quando Lula registrou seu pior índice de popularidade entre todas as suas gestões. Para o petista, o Ministério da Saúde ainda não apresentou qualquer política pública de impacto que possa melhorar os índices de aprovação do petista.
A substituição de Nísia por Padilha agrada ao Centrão, já que abre uma porta para a cozinha do Palácio do Planalto. Um dos nomes mais cotados para substituir Padilha é do atual líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL). Bulhões, no entanto, nega qualquer movimento neste sentido.
Outra possibilidade é realocar o atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para a função. Ainda há integrantes do Centrão que defendem, no entanto, que a vaga seja destinada ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Como registrou O Antagonista, Lira não viu com bons olhos uma eventual realocação para o ministério da Agricultura. Uma alternativa seria justamente a nomeação dele para a pasta que é considerada a cozinha do Palácio do Planalto. Nas palavras de um aliado de Lira, "a Agricultura é uma pasta pequena para o tamanho do ex-presidente”.
A atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a ser cogitada para assumir a secretaria de Relações Institucionais, mas Lula foi convencido que ela é ‘muito radical’ para o cargo e isso poderia agravar, ainda mais, a articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
Conforme apurou Crusoé, Lula deve fazer essas mudanças de forma paulatina, trocando peça por peça de acordo com o rendimento de cada uma delas. O problema é que o Centrão pressiona por uma definição na nova Esplanada dos Ministérios para acelerar a tramitação da votação do orçamento de 2025, que está atrasada por falta de acordo. O texto deveria ter sido aprovado no final do ano passado.
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