Pacheco prega vigilância contra 'investidas autoritárias' e combate a fake news
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta quarta-feira, 2, que o ano eleitoral tende a ser "especialmente árduo" do ponto de vista político e pregou a vigilância das instituições contra "a mínima insinuação de investida autoritária". Pacheco discursou na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso. Ao lado dele, estavam os presidentes...
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta quarta-feira, 2, que o ano eleitoral tende a ser "especialmente árduo" do ponto de vista político e pregou a vigilância das instituições contra "a mínima insinuação de investida autoritária".
Pacheco discursou na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso. Ao lado dele, estavam os presidentes da República, Jair Bolsonaro, da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.
Durante o pronunciamento, Pacheco frisou que a democracia precisa ser "um compromisso de todos e de cada um". "Num ano de eleições gerais, caberá ao povo bem escolher seus representantes; aos vencedores, fazer de seu mandato um verdadeiro serviço; e aos perdedores, respeitar o resultado das urnas", resumiu.
O senador saiu em defesa do reforço do combate à fake news e a disparos em massa durante o processo eleitoral. "Dos candidatos, acreditemos no debate de ideias, concretude de propostas e respeito às divergências; das instituições da República, esperemos a fiscalização e punição daqueles que atentem contra o processo eleitoral; do eleitor, roguemos senso crítico e responsabilidade para distinguir fatos verdadeiros das inaceitáveis fake news", completou.
Pacheco ainda pediu que a população não vote para "simplesmente evitar ou derrotar um determinado candidato por mero preconceito ou rejeição". O presidente do Congresso declarou que agir dessa forma "é fazer pouco do poder que o voto atribui ao eleitor".
O senador emendou que é papel do Congresso "buscar substituir a polarização pela união nacional em prol do bem comum". "Lembremos que as eleições devem ser movidas pelo sentimento de esperança", pontuou. "Lembremos da importância de bem escolher os mandatários que definem os destinos da nação", completou.
Em outra ponta, Pacheco apelou para que o ano eleitoral não represente o engessamento do Legislativo. O parlamentar defendeu, por exemplo, a necessidade de alterações legislativas, seja em projetos pontuais, seja por meio de uma reforma administrativa mais ampla, "que modernizem o setor público, permitam a evolução constante dos serviços públicos e reduzam o custo da máquina pública".
"Precisamos compreender as dificuldades que enfrentamos, as necessidades que nós temos e, também, nossas responsabilidades como representantes do povo. Não podemos deixar questões urgentes em estado de latência. Precisamos desde já trabalhar nos projetos que sejam de interesse do país, ainda que em ano eleitoral", concluiu, citando a urgência da reforma tributária.
Pandemia
Ao lado de Bolsonaro, crítico voraz da vacinação, do uso de máscaras e do isolamento, Pacheco pontuou que, apesar do avanço da ciência, do amplo acesso à informação e da rápida velocidade dos meios de comunicação, muitos apostaram em "propósitos invertidos", com o desvirtuamento de instrumentos modernos. O senador sublinhou que essas pessoas "atentaram contra a saúde pública através da difusão impressionante de desinformação".
"Apesar disso, passamos a usar máscaras na nossa rotina, nos isolamos de familiares, amigos e colegas de trabalho, esperamos ansiosos por vacinas que salvariam (e salvaram!) vidas. Foi necessário muito sacrifício até aqui. Se hoje podemos chegar à condição de endemia, o que nos permitirá retomar um pouco da normalidade –que isso seja mesmo verdade – foi porque adotamos medidas de proteção dos mais vulneráveis e nos vacinamos em grande escala. Ainda assim, mais de 620.000 brasileiros perderam suas vidas. Isso é muito triste e impactante."
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (5)
AMAURY FEITOSA
2022-02-03 11:33:56palavras tolas ao vento só anestesiam idiotas e ignorantes ... na verdade o senador Pacheco se omitiu e acovardou aos desmandos do STF que pelo terror submeteu o congresso nacional por mais de 150 processos na corte contra membros do poder hoje apequenado e submisso aos muitos estupros de ministros que se comportam como ditadores sem nenhuma reação de quem tem poder legal para freá-los ... é o país no lixo e o pior ainda pode estar por vir.
Joelena
2022-02-02 22:47:14"" DISTORÇÃO: O PARLAMENTAR SUECO E O LÍDER DO CENTRÃO. SENADOR CIRO NOGUEIRA: AUSTERIDADE NA ESCANDINÁVIA E GASTANÇA COM JATINHOS NO BRASIL "! CARTA AO LEITOR _ REVISTA..
Jose
2022-02-02 20:47:32Ele está propondo combater os bozolulistas? Uma gang (petralhistas) introduziu as fake news na política brasileira e a outra gang (bozistas) aprendeu a multiplicar os efeitos negativos da fake news por 1000.
Alexandre
2022-02-02 18:56:54Tomara que, finalmente, assuma o seu dever de presidente do congresso ao invés de usar a casa como escadinha para o poder.
Joe
2022-02-02 18:46:31Falam de democracia mas digerem com alegria, mensalão e orçamento secreto.