Os primeiros passos da PGR na investigação sobre Wilson Santiago
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal um prazo de 60 dias para o cumprimento das primeiras diligências de um inquérito que mira o deputado federal Wilson Santiago (foto), do PTB da Paraíba, e o prefeito afastado de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes, além de outras cinco pessoas, pela suposta prática dos crimes...
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal um prazo de 60 dias para o cumprimento das primeiras diligências de um inquérito que mira o deputado federal Wilson Santiago (foto), do PTB da Paraíba, e o prefeito afastado de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes, além de outras cinco pessoas, pela suposta prática dos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e peculato. O processo tramita sob a relatoria do ministro Celso de Mello.
A investigação é um desdobramento da Pés de Barro, operação que resultou na denúncia dos sete pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa devido a desvios de recursos públicos destinados à construção de uma adutora essencial para reduzir os efeitos da seca no interior da Paraíba.
Em dezembro de 2019, Celso de Mello chegou a determinar o afastamento de Wilson do mandato pela suspeita de recebimento de 1,2 milhão de reais em propina no esquema criminoso. Dois meses depois, contudo, a Câmara derrubou a decisão e autorizou que o parlamentar retomasse as atividades.
De acordo com manifestação assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, no novo inquérito, instaurado em junho, o órgão pretende analisar o vínculos familiares e empregatícios entre os investigados — “em especial, de João Bosco Nonato Fernandes, José Wilson Santiago e dos respectivos parentes e assessores”.
Além disso, a PGR quer identificar as empresas ligadas aos familiares do deputado e do prefeito e periciar o contrato firmado com a Coenco Construções Empreendimentos e Comércio Ltda, responsável pela construção do sistema adutor. O objetivo é apurar possíveis práticas de fraude à concorrência, superfaturamento, ausência de medições e de entrega de produtos.
Crusoé tentou contato com a defesa do deputado, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
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