Os personagens que ligam o ex-secretário Francisco Filho, novo alvo da CPI, ao Centrão
O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho, que presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 2, foi preso em agosto do ano passado durante a Operação Falso Negativo, que desvendou um esquema fraudulento para a compra de testes de Covid. A oitiva do ex-secretário preocupa o governador Ibaneis Rocha, mas também...
O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho, que presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 2, foi preso em agosto do ano passado durante a Operação Falso Negativo, que desvendou um esquema fraudulento para a compra de testes de Covid. A oitiva do ex-secretário preocupa o governador Ibaneis Rocha, mas também líderes do Centrão, como o deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ambos têm relação com Francisco Filho e mantêm até hoje ingerência política sobre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, com indicações para cargos estratégicos na pasta.
Ciro Nogueira levou à Saúde de Brasília aliados, muitos deles do Piauí. Um dos casos que ligam o hoje ministro a Francisco Filho é a escandalosa nomeação da psicóloga Emanuela Dourado Rabelo Ferraz. Ela é casada com o advogado Ney Ferraz, amigo de Ciro, e, graças a essas relações políticas, chegou a acumular simultaneamente três cargos públicos -- todos eles de dedicação exclusiva, com carga horária diária de 8 horas.
Além de assessora do gabinete da deputada Iracema Portella, ex-mulher de Ciro Nogueira, Emanuela foi nomeada para um posto no Governo do Piauí e para o cargo de vice-diretora do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal, sob o comando de Francisco Filho – a vaga tem salário de mais de 24 mil reais. Ela só foi exonerada dos dois primeiros cargos depois que o caso veio à tona.
Outra figura dos bastidores que une Ciro Nogueira a Francisco Filho é o empresário piauiense João Kennedy Braga. Ele foi alvo de uma operação policial que desvendou irregularidades na contratação de hospitais de campanha em Brasília, no início da pandemia. Braga, que tem forte atuação em negócios nos bastidores da capital, se livrou do processo graças a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, que anulou as provas produzidas durante a operação por entender que a competência do caso seria da Justiça Federal, e não do Tribunal de Justiça do DF.
Francisco Filho chegou ao comando da Saúde da capital por influência do médico Adeilson Loureiro Cavalcante, ligado a Ciro Nogueira e a Ricardo Barros. Ex-secretário de Saúde de Maceió, ele chegou a ser cotado para comandar a pasta em Brasília e atuou na transição, mas acabou fora do primeiro escalão.
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Comentários (3)
Claudio
2021-09-02 17:40:02Helena, vc. deveria ter assistido a sessão da CPI dos tres patetas para fazer sua meteria mentirosa e com a narração tendenciosa justamente para inverter a verdade. Não sei é velha ou nova, casada, viúva ou sei lá o que. Certo é que além de mentirosa é uma recalcada, destruindo a honra de seu semelhante, impiedosamente, se valendo de uma denúncia criminal ofertada no início da crise, que sequer foi apreciada. Toma vergonha. Aguarde o julgamento.
Anelio Mazzocco
2021-09-02 16:35:44Infelizmente, no Brasil "Mais Vale a Certidão de Óbito do que o Cadaver"
MARCOS
2021-09-02 15:49:03VENDIDOS POR TRINTA MOEDAS.