Os países do ano de 2025, segundo a Economist
Argentina, de Javier Milei, e Síria, de Ahmed al Sharaa, foram os que mais evoluíram economicamente e politicamente
Todos os anos, perto do Natal, a revista britânica The Economist escolhe um país do mundo como "o país do ano".
O critério usado costuma ser o país que mais evoluiu, seja economicamente, politicamente ou em alguma outra área.
Este ano, a revista elegeu dois países: Argentina e Síria.
A Argentina, de Javier Milei, por ter evoluído na economia.
A Síria, do presidente Ahmed Al Sharaa (foto), por ter melhorado na questão política.
Argentina
Sobre a Argentina, a revista destaca as reformas liberais de Milei.
"Seu presidente, Javier Milei, iniciou reformas de livre mercado de grande alcance em 2023, na esperança de tirar o país de mais de um século de estatismo e estagnação. Tais reformas — abolir o controle de preços, conter os gastos e eliminar subsídios distorcivos — são excepcionalmente difíceis porque são excepcionalmente dolorosas; muitos reformadores anteriores fracassaram", diz a Economist.
"No entanto, Milei persistiu em seu plano em 2025, e os eleitores permaneceram fiéis a ele. O mesmo aconteceu com os Estados Unidos, que ofereceram um aporte de 20 bilhões de dólares para evitar uma crise financeira. Os resultados têm sido impressionantes. A inflação caiu de 211% em 2023 para cerca de 30% atualmente. A taxa de pobreza diminuiu 21 pontos percentuais desde o ano passado. O orçamento foi colocado sob controle. Milei caminhou rumo a um peso flutuante e removeu a maior parte dos controles de capital", diz a revista.
Síria
Em relação à Síria, os logros são do presidente Ahmed Al Sharaa, que depõs o ditador Bashar Assad.
"Há pouco mais de um ano, o país era governado por Bashar al-Assad, um ditador odioso apoiado pelo Irã e pela Rússia. Suas prisões estavam lotadas de presos políticos, e a dissidência era punida com tortura ou morte. Treze anos de guerra civil haviam ceifado mais de meio milhão de vidas. As forças de Assad usaram armas químicas e bombas de barril indiscriminadamente contra civis. Mais de 6 milhões de pessoas fugiram do país", escreve a Economist.
"Então, no início de dezembro de 2024, o tirano foi forçado a fugir quando os rebeldes tomaram o poder. Quando escolhemos o país do ano, ainda era cedo demais para ter uma ideia de como seria a nova Síria. Seu governante, Ahmed al-Sharaa, era um jihadista. Muitos temiam que ele impusesse uma teocracia islâmica sombria ou que a Síria mergulhasse no caos. Na verdade, nada disso aconteceu. As mulheres não são obrigadas a se cobrir ou a ficar em casa. Entretenimento e, sim, álcool são permitidos. O Sr. Sharaa trouxe uma série de surpresas positivas, mantendo o país unido e forjando boas relações com os Estados Unidos e os países do Golfo. Com o relaxamento das sanções ocidentais, a economia também começa a se recuperar", afirma o texto.
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