Os Houthis não têm medo de Trump
Ataque a porta-aviões americano é o primeiro grande desafio militar deste governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem repetido que o ditador Vladimir Putin não teria começado a invasão da Ucrânia se ele estivesse na Casa Branca.
Trump acredita ser capaz de instilar medo no resto do mundo.
Mas, nem Putin está disposto a fazer alguma concessão para Trump, como os Estados Unidos estão sendo diretamente atacados em outros lugares.
Na terça, 18, o porta-voz do grupo terrorista Houthis, Yahya Saree, anunciou um novo ataque com mísseis de cruzeiro e drones contra o porta-aviões americano USS Harry Truman.
"O agressor americano tem total responsabilidade pelas consequências da militarização do Mar Vermelho e da expansão do escopo do confronto", disse Saree.
Desafio bélico
Segundo o analista militar Ricardo Cabral, do site História Militar em Debate, os Houthis colocam o governo Trump em uma situação delicada.
"Em termos estratégicos, este é o primeiro grande desafio bélico e militar que o governo de Trump recebeu. Os Houthis e o Irã, que os financia, estão se contrapondo aos Estados Unidos", diz Cabral.
"Eles estão mostrando que não se curvam ao estilo de negociação de Trump, que inclui muita intimidação e coerção."
Bloqueio naval
Com seus ataques, os terroristas, que ficam no Iêmen, conseguiram interromper o fluxo de navios ocidentais no Mar Vermelho, que leva ao Canal de Suez.
"É a primeira vez que um grupo rebelde sem Marinha consegue fazer um bloqueio naval", diz Cabral.
Apesar de fazer ataques no litoral, os Houthis se refugiam em esconderijos nas montanhas, o que torna mais difícil conseguir eliminá-los.
"Para os Estados Unidos combaterem os Houthis seria necessário um esforço tentando convencer com tribos rivais, ataques às lideranças, destruição de obras de infraestrutura e operações navais para impedir o suprimento de mísseis por parte do Irã", afirma Cabral.
"O ideal mesmo seria colocar soldados no terreno, mas isso seria muito difícil."
Leia em Crusoé: Israel alerta contra mentiras do Hamas na volta dos bombardeios em Gaza
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)