Operação Chorume: propina para barrar fiscalização da Receita
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, a Operação Chorume, um desdobramento da investigação de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o consórcio Soma, que prestava serviços de varrição para a prefeitura de São Paulo. Nesta etapa, a PF investiga o pagamento de propina de 3 milhões de reais, parte...
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, a Operação Chorume, um desdobramento da investigação de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o consórcio Soma, que prestava serviços de varrição para a prefeitura de São Paulo. Nesta etapa, a PF investiga o pagamento de propina de 3 milhões de reais, parte por meio do escritório de advocacia Carvalho & Carvalho, para barrar uma fiscalização da Receita sobre o grupo em 2017.
De acordo com a PF, integrantes do esquema paulista buscaram pessoas com influência na Receita Federal em Brasília e acertaram o repasse via escritório Carvalho & Carvalho. Os investigadores constataram que metade do valor foi paga e o grupo acabou tendo acesso a documentos internos e sigilosos da Receita.
Ao todo, 21 equipes da PF cumprem mandados de busca na capital de São Paulo, Barueri, Santana de Parnaíba, Francisco Morato, Santos, São José do Rio Preto, além de Itajaí, em Santa Catarina, Brasília e Cidade Ocidental. A operação deflagrada hoje é a sétima fase da Operação Descarte, um desdobramento da Lava Jato em São Paulo que investiga as suspeitas de lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, já foram identificadas três pessoas responsáveis pela entrega do dinheiro para o escritório de advocacia que fornecia notas frias para o consórcio Soma. Estas pessoas indicavam as contas bancárias de empresas de fachada para as quais deveriam ser realizadas as transferências, em seguida devolviam o dinheiro em espécie, cobrando uma taxa de 2 a 3% pelo serviço.
O consórcio Soma prestava serviços de limpeza para a prefeitura de São Paulo até o ano passado, quando foi realizada uma nova licitação, que dividiu os serviços de varrição em seis lotes. Os serviços de varrição custam cerca de 1,2 bilhão de reais por ano à prefeitura de São Paulo.
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Comentários (10)
Gisa
2020-02-05 12:29:47Cadeia para os fedorentos!
LuisR
2020-02-04 18:56:15Se não fosse essa corja de ladrões os trabalhadores que penam sob só e chuva limpando ruas poderiam estar ganhando bem mais e tendo uma vida ao menos um pouco melhor!
AILTON
2020-02-04 18:08:49Sempre houve esquema no sistema de coleta e limpeza! Necessário ir até o fim e prender os criminosos e ampliar isso para todos os estados do país.
Cap. Kirk
2020-02-04 15:11:12Não há uma só área em que a corrupção não tenha contaminado contratos, licitações, serviços públicos. A ladroeira disseminou mais que vírus da gripe. É o efeito PT na vida do país.
Vinicio
2020-02-04 14:04:06Eu lembro que a limpeza e coleta de lixo era realizada pelas secretarias municipais , os funcionários eram todos do quadro municipal, funcionava bem, aí para escapar dos direitos trabalhistas resolveram terceirizar os serviços através licitações. Aí já começaram os problemas, muitas das licitações foram denunciadas por ter cartas marcadas, muitos serviços foram paralizados por processos judiciais, enfim estamos vendo que a emenda ficou pior que o soneto.
Roberto
2020-02-04 12:26:23Deixem a Polícia Federal trabalhar. Diga SIM a PEC 412...
Marcelo
2020-02-04 12:03:11Isso só vai acabar quando tivermos penas duras e leis sérias, sem possibilidades de abrandamento, no pais. Corrupção e qq outra forma de desvio de dinheiro público deveria ser crime hediondo, inafiançável e com possibilidade de confisco de bens dos autores e seus familiares que não puderem comprovar a origem lícita dos mesmos.
Antonio
2020-02-04 11:33:27Com base no trabalho da PF e MPF ainda esperamos um pais melhor, pois somente eles combatem o crime organizado, que só aconteceu com a participação de funcionários do próprio estado, aqui no caso funcionários bem pagos da Receita Federal do Brasil. Esse é o verdadeiro crime de colarinho branco. Força Moro!
Philippe
2020-02-04 11:25:26O MP do Rio de Janeiro teria de verificar com que base a COMLURB recolhe o lixo da Orla Rio que é uma empresa milionária já que a lei orgânica municipal proíbe.
Leandro
2020-02-04 10:59:52O q Seria do Brasil sem MORO, MP e a PF? ?