O voto de Eduardo Bolsonaro não valeu
Presidente do Congresso Nacional, Alcolumbre anunciou a anulação do voto sobre vetos de Lula dado pelo deputado autoexilado nos EUA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP, foto) se posicionou na sessão da derrubada dos vetos de Lula sobre o licenciamento ambiental, mas seu voto foi anulado pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP).
"A Presidência comunica ao plenário que, na deliberação dos vetos, por meio da cédula eletrônica, foi constatado o registro irregular de votação pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, tendo em vista o disposto da decisão da presidência da Câmara dos Deputados, publicada no Diário da Câmara dos Deputados de 25 de novembro de 2025, que determina a impossibilidade impossibilidade regimental de um deputado federal registrar presença ou voltar pelo aplicativo Info enquanto estiver fora do território nacional, se não estiver em missão oficial autorizada", anunciou Alcolumbre ao fim da votação.
"Esta presidência reconhece a sua aplicabilidade no âmbito das sessões conjuntas do Congresso Nacional. Por conseguinte, com fulcro no inciso do artigo 48 do regimento interno do Senado Federal, esta Presidência declara a nulidade do referido registro de votação e determina a retificação de seu resultado. Ressalto que a consequente correção da apuração não modifica o resultado dos dispositivos deliberados por meio da cédula, permanecendo a mesma quantidade de dispositivos rejeitados e mantidos", finalizou o presidente do Congresso.
Sem mandato remoto
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro em setembro que os deputados não podem exercer seus mandatos do exterior. Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro, num autoexílio justificado pelo receio de ser preso ao retornar ao Brasil.
O filho 03 de Bolsonaro chegou a tentar virar líder da minoria na Câmara, para gozar da possibilidade de atuar formalmente no parlamento à distância, mas a manobra foi barrada por Motta.
“Nós ouvimos o parecer da Secretaria-Geral da Mesa que decidiu por não haver a possibilidade do exercício do mandato parlamentar estando ausente do território nacional, não há nenhum precedente na Casa”, comentou o presidente da Câmara.na época.
2026
Sem conseguir votar na Câmara, Eduardo tem tentado ao menos definir os rumos da família Bolsonaro para 2026.
Depois de dizer que só apoiaria uma candidatura presidencial do irmão senador Flávio (PL-RJ), o deputado disse que "onde o Lula estiver de um lado, eu estarei do outro” e que “se o Tarcísio for este candidato, a gente vai acabar falando, sim, de Tarcísio de Freitas”.
Leia mais: Eduardo já não acha Tarcísio tão ruim assim…
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