O que Israel ganha com a retirada americana da Unesco
Organização deve seguir publicando resoluções contra Israel, mas seu viés ficará mais explícito com saída dos EUA

O Departamento de Estado americano afirmou nesta terça, 22, que deixará de participar da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a organização cultural da ONU que tem sede em Paris.
O anúncio foi comemorado pelo ministro de Relaçaões Exteriores de Israel, Gideon Saar (foto), nas redes sociais.
"Saudamos a decisão do governo dos EUA de se retirar da Unesco. Este é um passo necessário, concebido para promover a justiça e o direito de Israel a um tratamento justo no sistema da ONU, um direito que tem sido frequentemente prejudicado devido à politização neste contexto. A discriminação contra Israel e a politização por parte dos Estados-membros devem acabar, nesta e em todas as agências da ONU. Israel agradece aos EUA por seu apoio moral e liderança, especialmente na arena multilateral, que é atormentada pela discriminação anti-Israel. As Nações Unidas precisam de reformas fundamentais para permanecerem relevantes", escreveu Saar.
Estado da Palestina
Um dos principais incômodos é com documentos da Unesco declarando áreas que estão no Estado de Israel ou na Cisjordânia como sendo pertencentes exclusivamente ao "Estado da Palestina", que oficialmente não existe.
Além disso, os anúncios ignoram a relação dessas regiões com o povo judeu.
A Unesco, aliás, aceitou o Estado da Palestina como membro, em 2011. Desde então, os Estados Unidos deixaram de financiar a organização.
Hebron
Uma das resoluções mais polêmicas foi o anúncio da Cidade Velha de Hebron e o Túmulo dos Patriarcas como Patrimônio Mundial da Palestina.
Hebron é uma das áreas mais disputadas e tensas da região. Fica a apenas 30 quilômetros de Jerusalém.
Os dois lugares ficam na Cisjordânia, considerada como território palestino.
Em uma resolução da Unesco de 2016, a Cisjordânia é chamada de "Território da Palestina ocupada".
O texto ainda omite o vínculo dos judeus com esses locais.
No centro da cidade fica a Mesquita Ibrahimi, supostamente construída sobre a Caverna dos Patriarcas (Caverna de Macpela), local de sepultamento dos "patriarcas e matriarcas" do monoteísmo judaico-cristão-muçulmano — Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, e Jacó e Lia.
O local, portanto, é importante tanto com judeus, cristãos quanto muçulmanos.
Túmulos falsos?
Outra resolução, de 2016, criticava Israel por supostas violações das liberdades religiosas de muçulmanos em Jerusalém, Belém e Hebron.
O texto trata os locais religiosos em Jerusalém apenas pelos seus nomes palestinos.
Não se cita o Monte do Templo, onde está o Muro das Lamentações, uma ruína do antigo Templo de Salomão, venerado principalmente pelos judeus.
A Unesco chama o Muro das Lamentações apenas de "Praça do Muro Ocidental".
Fala-se apenas em Esplanada das Mesquitas, nomeando as mesquitas muçulmanas que estão no mesmo local.
A resolução ainda criticava Israel por colocar túmulos falsos em cemitérios muçulmanos, uma acusação sem fundamento algum.
A retirada dos Estados Unidos da Unesco não impedirá que a organização continue publicando mensagens alfinetando e provocando Israel.
A Unesco já conseguiu se adaptar a um cenário de escassez, sem precisar contar com financiamento americano.
Mas, ao menos, despertará mais atenção para o viés anti-Israel da organização.
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Comentários (1)
F-35- Hellfire
2025-07-22 15:52:161-Em Israel, antes de 1948, existia um Mandato Britânico, não um Estado Palestino. 2-Antes do Mand. Britânico existia o Império Otomano e não um Estado Palestino. 3-Antes do Imp. Otomano existia o Estado dos Mamelucos do Egito, não um Estado Palestino. 4-Antes do Estado dos Mamelucos do Egito, existia o Império Árabe-Curdo Ayubid, e não um Estado Palestino. 5-Antes do Império Ayubid, existia oReino Franco e Cristão de Jerusalém, e não um Estado Palestino. 6-Antes do Reino de Jerusalém, existiam os Impérios Omíada e Fatímimida, e não um Estado Palestino. 7-Antes dos impérios Omíada e Fatímidia, existia o Império Bizantino, não um Estado Palestino. 8-Antes do Império Bizantino, existiam os Sassânidas e , não um Estado Palestino. 9-Antes do Império Sassânida, existia o Império Bizantino, não um Estado Palestino. 10-Antes do mImpério Bizantino, existia o Império Romano, não um Estado Palestino. 11-Antes do Império Romano, existia o Estado Hasmoneu, não um Estado Palestino. 12-Antes do Estado Hasmoneu, existia o Estado Selêucida, não um Estado Palestino. 13-Antes do Estado Selêucida, existia o Império de Alexandre, o Grande, não um Estado Palestino. 14-Antes do Império de Alexandre, o Grande, existia o Império Persa, não um Estado Palestino. 15-Antes do Império Persa,, existia o Império Babilônico, não um Estado Palestino. 16-Antes do Império Babilônico, existiam os Reinos de Israel e Judá, e não um Estado Palestino. 17-Antes dos Reinos de Israel e Judá, existia o Reino de Israel, não um Estado Palestino. 18-Antes do Reino de Israel, existia a Teocracia das Doze Tribos de Israel, não um Estado Palestino. 19-Antes da Teocracia das Doze Tribos de Israel, havia uma aglomeração de cidades-reinos cananéias independentes, e não um Estado Palesino. Na verdade, neste pedaço de terra houve de tudo, menos um Estado Palestino. Texto de Rishi Bagree É impossível contextualizar o tal do "povo palestino" na própria história.