O que Gilmar acha do nome ‘Gilmarpalooza’
Decano do STF afirma que críticas aumentam a projeção do evento: "É um case de sucesso"
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou as críticas ao Fórum de Lisboa, apelidado de Gilmarpalooza.
O evento, organizado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual o ministro Gilmar é sócio-fundador, reúne a elite política, judicial e empresarial brasileira.
"As pessoas brincam com o nome Gilmarpalooza. A gente acha graça. Acha engraçado. Sabe assim, a rigor, é um case de sucesso", afirmou Gilmar à BBC Brasil.
O decano do STF disse quem são os financiadores do evento e afirmou que "falar mal" do Gilmarpalooza é "ótimo".
"Somos nós, somos nós [os financiadores]. É o próprio IDP [Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa], é a FGV [Fundação Getúlio Vargas], é a Universidade de Lisboa, a Faculdade de Direito. O Fibe, que é um fórum de integração Brasil-Europa, que é hoje um think thank que também trabalha nesse sentido, e as próprias pessoas. É um case de sucesso, cujo objetivo não é fazer fundos, nem... Se fosse esse o objetivo e se quisesse ter patrocínio, obviamente nós teríamos patrocínio da [Rede] Globo. Agora, as instituições se beneficiam do marketing. Você até falar mal do Fórum, para nós é ótimo", afirmou.
'Gilmapalooza'
A edição deste ano do Gilmarpalooza contou com a participação de seis ministros do STF.
Além de Gilmar, estiveram presentes o ministro aposentado Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Dias Toffoli e Flávio Dino.
Também foram anunciados representantes de empresas privadas com processos em tramitação no STF, entre as quais o BTG, Eletrobras, Grupo Yquds e Light.
Um dos representantes enviados pelo BTG será o charmain André Esteves, que chegou a ser preso no âmbito da Lava Jato, mas teve o inquérito trancado por Gilmar Mendes, que também anulou os efeitos de operação de busca e apreensão contra o banqueiro.
Ainda assim, a presença de Esteves, cujo banco tem dois processos no STF, não causou constrangimento à organização, que afirmou que os convidados foram escolhidos por critérios “acadêmicos e técnicos”.
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