"O que está em jogo é o próprio sentido de soberania", diz Tarcísio
Para o governador de São Paulo, "não há solução simplista" contra o avanço do tráfico de drogas e não se pode imaginar que os criminosos são "vítimas" da sociedade
Após a megaoperação da polícia fluminense contra o "projeto expansionista" do Comando Vermelho no Rio de Janeiro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na quarta-feira, 29, que "o que está em jogo o próprio o sentido de soberania".
Para o republicano, "não há solução simplista" contra o avanço do tráfico de drogas e não se pode imaginar que os criminosos são "vítimas" da sociedade, como disse o presidente Lula (PT) em entrevista na Indonésia.
Leia na íntegra a declaração de Tarcísio no X:
"Temos afirmado que a atuação do crime organizado é, hoje, o principal risco ao Brasil, maior até do que o risco fiscal. O que estamos vendo no Rio de Janeiro expõe a dimensão de um problema que, há décadas, só se agrava: o avanço do tráfico de drogas e a força de um poder paralelo que afronta a lei, ameaça a vida e expulsa o Estado da vida do cidadão.
Não há solução simplista. Não é mais admissível que cidadãos sejam obrigados a abandonar suas casas ou seus negócios por ordem de criminosos. Tampouco é aceitável a existência de barricadas que delimitam territórios onde traficantes se tornam soberanos, impondo e vendendo produtos e serviços que deveriam ser de livre escolha de qualquer pessoa.
Não se pode imaginar que esses criminosos não sabem o que fazem ou que são vítimas da sociedade. Eles impõem o terror, atacam agentes de segurança do Estado, escravizam pessoas e levam dor e sofrimento a inúmeras famílias.
O enfrentamento exige presença, integração, inteligência e coragem. E é fundamental lembrar a dimensão territorial do problema. Clausewitz dizia que uma guerra só é vencida quando o território é conquistado, o poder militar é destruído e a vontade é subjugada.
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