O que é a Operação Mensageiro, que prendeu 5% dos prefeitos de SC
Na última quarta-feira (26), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu novamente a prisão do ex-prefeito de Tubarão (SC), Joares Ponticelli (PP). Ponticelli, que já havia sido solto no mês passado com o uso de tornozeleira eletrônica, é um dos investigados na Operação Mensageiro, que levou ele e outros 15 prefeitos do estado para...

Na última quarta-feira (26), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu novamente a prisão do ex-prefeito de Tubarão (SC), Joares Ponticelli (PP). Ponticelli, que já havia sido solto no mês passado com o uso de tornozeleira eletrônica, é um dos investigados na Operação Mensageiro, que levou ele e outros 15 prefeitos do estado para a cadeia, em uma operação única no país.
No centro do esquema está a Serrana Engenharia, empresa que apesar do nome se notabilizou pela terceirização dos serviços de recolhimento de lixo. Em 2022, quando ficou claro que a empresa estava oferecendo vantagens indevidas a políticos para poder concorrer e vencer licitações fraudadas nos municípios, o Ministério Público começou a agir.
As peças foram caindo, uma a uma. Na primeira fase, em dezembro do ano passado, foram 15 mandados de prisão executados; na segunda, quatro; na terceira, dois e na quarta, em abril, 18 mandados.
Desta maneira, acabaram na cadeia os prefeitos Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava; Marlon Neuber (PL), de Itapoá; Antônio Rodrigues (PP), de Barra do Sul; Adriano Poffo (MDB), de Ibirama; Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba; Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí; Luiz Shimoguiri (PSD), de Três Barras; Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira; Luiz Tamanini (MDB), de Corupá; Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo; e Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim.
A lista continua: Felipe Voigt (MDB), de Schroeder, foi pra prisão domiciliar; Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva; Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo; Antônio Ceron (PSD), de Lages; e o próprio Ponticelli puderam sair da prisão com medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica.
Ponticelli foi denunciado pelo MP pelos crimes de organização criminosa e por corrupção passiva — este, por 16 vezes. Neste caso, ele e o vice-prefeito, Caio Tokarski, teriam recebido 2 milhões de reais da Serrana, como propina.
Ele foi um dos cinco prefeitos que renunciaram ao cargo — Saliba (PP), o de Papanduva, foi cassado pela Câmara. Outros tiveram melhor sorte: Ceron, que comanda a maior cidade envolvida no esquema até o momento, pôde voltar ao cargo com ordem da Justiça.
Mesmo após a prisão de 5% dos 295 prefeitos do estado, depoimentos de presos e testemunhas podem garantir novas fases da operação, que é chancelada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
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Comentários (4)
Peter
2023-07-30 08:24:11Vamos adiante!
Nelson Pereira Cacheta
2023-07-30 11:00:27Mas que surpresa. Ninguém do PT, ainda?
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-07-29 17:39:08SÓ NÃO TEM PREFEITO DO PT NA TRAMÓIA. PARTIDO HONESTO.
Iara Belli Passos
2023-07-29 17:21:50O exemplo vem de cima.....