O que a autorização da eutanásia em Cuba esconde
Cuba autorizou a eutanásia nesta sexta, 22. Com isso, a ilha comunista tornou-se o segundo país a permitir esse método na América Latina, seguido da Colômbia. Segundo a nova Lei de Saúde Pública (foto), médicos poderão ajudar os pacientes terminais a evitarem sofrimentos para ter uma morte digna. A notícia foi festejada pela esquerda latino-americana...
Cuba autorizou a eutanásia nesta sexta, 22. Com isso, a ilha comunista tornou-se o segundo país a permitir esse método na América Latina, seguido da Colômbia. Segundo a nova Lei de Saúde Pública (foto), médicos poderão ajudar os pacientes terminais a evitarem sofrimentos para ter uma morte digna.
A notícia foi festejada pela esquerda latino-americana como sendo mais um sinal de vanguardismo, uma vez que a ilha já autoriza o aborto. Mas, nos dois casos, é preciso tomar cuidado para não tirar conclusões equivocadas.
Em Cuba, o aborto cumpre o papel de um método anticoncepcional. O regime comunista prima por ter uma baixa mortalidade materna. Com isso, evita a todo custo a morte de recém-nascidos. Qualquer indício de gravidez problemática ou de malformação no feto é solucionado com um aborto. Além disso, os médicos são pressionados a não registrarem a morte de recém-nascidos, para que o país continue bem nas estatísticas mundiais de saúde. A solução muitas vezes é forjar os registros, declarando como um aborto a morte de um bebê recém-nascido.
Com a eutanásia, ocorre algo semelhante. Para começar, a precariedade dos hospitais impede que a ilha tenha uma boa estrutura para pacientes terminais. A eutanásia, assim, pode ser uma forma de registrar uma morte, sem ter de admitir a debilidade do sistema de saúde.
"Em Cuba, as unidades que cuidam de pacientes terminais, como os institutos de câncer, não têm insumos suficientes para prolongar a vida das pessoas. Não há analgésicos para aliviar as dores graves. Quando eu trabalhava lá, era preciso autorização de quatro pessoas para administrar morfina para alguém. Não havia medicamento suficiente para todo mundo. Também era muito difícil recomendar uma radiografia ou uma tomografia, porque os aparelhos eram poucos", diz o médico cubano Francisco Rosabal, que veio ao Brasil no programa Mais Médicos e decidiu ficar no país.
"O sistema de saúde cubano fará sempre tudo o que puder para reduzir os custos ou para esconder a sua própria incompetência. Então, não acho que eles estejam autorizando a eutanásia por uma questão humanitária, para evitar o sofrimento do paciente. Eles tomaram essa decisão porque não têm suporte tecnológico para cuidar do paciente nos seus últimos dias ou meses, de uma maneira digna", diz Rosabal.
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Comentários (3)
Luiz
2023-12-23 19:14:31Ué, toda vez que se crítica a ditadura cubana, os vermelhinhos já saem em defesa dizendo que lá é uma democracia e tem o melhor sistema de saúde do universo e do multiverso. Agora não tô entendendo mais nada. Vou conversar com um Petista pra me informar melhor. Kkkk
Daniel Vieira
2023-12-23 10:00:58Matar alguém nunca será uma decisão humanitária
Andre Luis Dos Santos
2023-12-22 21:56:45Esse é o regime que a PTralhada imunda tanto admira. O que se pode esperar desses CA#%%^>LHAS.