'Pai' do plenário virtual quer que Congresso adote sistema em definitivo
Ao abrir a primeira votação virtual da história do Congresso Nacional, na sexta-feira, 20, o vice-presidente do Senado, Antônio Anastasia, revelou que o primeiro a idealizar o sistema de debates à distância foi o ex-senador Cristovam Buarque. O economista e professor, que não se reelegeu em 2018, apresentou uma proposta de resolução há três anos...

Ao abrir a primeira votação virtual da história do Congresso Nacional, na sexta-feira, 20, o vice-presidente do Senado, Antônio Anastasia, revelou que o primeiro a idealizar o sistema de debates à distância foi o ex-senador Cristovam Buarque. O economista e professor, que não se reelegeu em 2018, apresentou uma proposta de resolução há três anos para propor a criação de um ambiente de debates virtuais. À época, a ideia acabou engavetada na Mesa Diretora do Senado e só virou realidade agora, diante da necessidade de isolamento causada pela propagação da Covid-19.
A primeira proposta de Cristovam para mudar a rotina do Senado causou insatisfação entre colegas. “Defendi que os parlamentares ficassem em Brasília de segunda a sexta-feira, e tirassem uma semana por mês para ir aos estados. Mas ninguém quis discutir a proposta. Os senadores só fazem votação duas ou três vezes por semana. Minha posição sempre foi a de que essa frequência é insuficiente”, diz o ex-senador.
Cristovam propôs, então, que o Senado desenvolvesse um sistema de discussões e votações à distância. Para ele, o mundo caminha para a adoção sistemática dessa tecnologia, capaz de reduzir gastos e deslocamentos. “Não dá para continuar com tanta viagem. As despesas com passagens do Congresso são imensas.”
A ideia das votações e debates virtuais se consolidou a partir da experiência de Cristovam como professor de cursos virtuais. “Os cursos semipresenciais são o futuro”, diz o ex-senador. Com a adoção definitiva do plenário virtual, os parlamentares poderiam fazer votações e discussões de segunda a sexta-feira, alternando encontros presenciais com sessões por vídeo. “Faço parte de grupo da Unesco, com 15 pessoas de vários países, que discute o futuro da educação. São pessoas que se reúnem de diferentes lugares do mundo e, duas vezes por ano, fazemos reuniões presenciais.”
O secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Luiz Fernando Bandeira, e o vice-presidente do Senado deixaram claro que o sistema virtual de votações foi liberado apenas para o uso durante a pandemia da Covid-19. Mas se a nova tecnologia agradar os parlamentares poderão ser feitas mudanças no regimento interno para adotar o sistema em definitivo.
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Comentários (10)
Erasmo
2020-03-23 12:54:57Só podia sair da cabeça de um Esquerdista fracassado , nem seu partido o quer mais .
Vimar
2020-03-22 18:01:30Será que eles poderiam levar suas amantes para suas bases eleitorais?
ELIAS
2020-03-22 17:18:23Quando terminar essa crise do COVID 19, o mundo mudará. Não só as votações em plenário virtual, mas o conceito de Home Office será certamente ampliado pelas empresas e instituições.
João
2020-03-22 17:06:25Não tem que ter plenário virtual na câmara. 300 deputados, 5 assessores para cada um, sem verba de gabinete, eleição distrital, sem fundão eleitoral ou emendas parlamentares, votação de segunda a sexta. Se fizer isso, começa a melhorar.
MAURÍLIO43
2020-03-22 15:54:05Parabéns ao Sen. Anastasia pelo belo gesto de creditar ao ex-Sen. Buarque os méritos devidos. Cristovam Buarque, com a coragem e a tranquilidade dos puros, perseguia uma utopia: querer que os senadores trabalhassem de segunda a sexta durante três semanas... e, na semana em estivessem em suas bases eleitorais, usassem sistema de vídeo conferência e votação virtual !!!
Sonia
2020-03-22 15:46:29Só a ECONOMIA COM AUXÍLIO PALETÓ ,MORADIA ,ASSESSORES ,PASSAGENS AÉREAS ,GRÁFICA ETC JÁ COMPENSARIA MUITO .FORA QUE DEVERIAM DEVOLVER OS 3 TRILHÕES DO FUNDO PARTIDÁRIO ,TIRADOS DOS NOSSOS IMPOSTOS PARA A SAÚDE ,
JULIO
2020-03-22 14:26:41Imaginem a Economia dos custos de Avião, Hospedagem, Ajuda de Alimentação, Ajuda de Moradia, Custo de limpar o Congresso , os banheiros com tantas cagadas que eles fazem. Alguns vão perder as namoradas , namoradas, bem entendido.
Jenisvaldo
2020-03-22 14:13:18Engraçado, a nova tecnologia depende de "agradar" os inbecis, não é porque significa menores gastos, não. É preciso reduzir o custo do Legislativo, que se equipara ao lucro de uma Petrobras
Pedro
2020-03-22 13:33:46Seria dificil fazer nesse caso um regimento interno "igual' que servisse tanto para o senado quanto para a câmara?
Ronaldo
2020-03-22 12:00:00Otimo! Aproveita e reduz o numero de deputados com o total de 1 para cada 10 milhoes de habitantes/estado e um senador por estado. Todas as mordomias e benesses extintas, e salario pago pela CLT, instituição de recall / impeachment por voto popular a partir de um ano no cargo. Economia total e elevação dos níveis intelectuais e comportamentais atualmente existentes. Estado de sitio e’ uma ótima oportunidade para implementação junto com a reforma do judiciario nos mesmos moldes