O liberalismo americano em 5 pontos
Pesquisa mostra que população dos Estados Unidos não quer empresas públicas e prefere que o governo corte gastos, em vez de aumentar impostos
Os Estados Unidos foram o primeiro país do mundo fundado em ideias liberais.
Nenhum outro pensador foi mais influente na Declaração de Independência que o britânico John Locke, autor do Segundo Tratado sobre o Governo.
Seus principais conceitos, como o de que o governo deve enfrentar limites para que a sociedade civil possa florescer em liberdade, continuam presentes entre os americanos, como acaba de mostrar uma pesquisa da AtlasIntel.
Privatização
O instituto AtlasIntel perguntou aos americanos se eles achavam que é melhor o governo cortar gastos a aumentar impostos.
Cerca de 53% concordaram com a ideia. Só 33% foram contra. A diferença foi de 20 pontos.
Outra afirmação foi: "o Estado não deve interferir no mercado para proteger companhias ou setores econômicos".
Entre os entrevistados, 49% concordaram e 23% discordaram — diferença ainda maior, de 26 pontos.
Outra: "o Estado não deve administrar nenhum negócio e todas as empresas públicas devem ser privatizadas".
Cerca de 46% concordam e 31% discordam.
Vale lembrar que, nos Estados Unidos, praticamente não há mais empresas estatais.
Teto de gastos
A AtlasIntel também perguntou o que os americanos pensavam da afirmação: "o Estado deve respeitar o teto de gastos para evitar aumentar o déficit, mesmo que isso signifique menos programas sociais".
A diferença foi menor, de dois pontos: 44% a favor e 42% contra.
Além disso, 43% dos entrevistados acham que o Estado não deve regular os preços de bens e serviços, enquanto 31% acham que a intromissão é bem-vinda.
Lições para o Brasil
A AtlasIntel fez uma pesquisa parecida com brasileiros em meados do ano passado.
O instituto perguntou se os brasileiros achavam que o governo Lula estava expandindo os gastos públicos e aumentando impostos mais do que deveria.
Mais da metade, 52,3% acham que sim.
Outros 30,3% acreditam que o governo estava fazendo "como deveria".
E 7,5% responderam que o governo Lula deveria se esforçar ainda mais para expandir os gastos e aumentar impostos.
A compaaração mostra que tanto americanos como brasileiros preferem que o governo se esforce mais em cortar gastos, em vez de aumentar impostos.
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