O isolamento de Yoon Suk-yeol
Até o líder do partido governista na Coreia do Sul defendeu a "rápida suspensão" do presidente, alegando que ele representa um "grande perigo" ao país
Nem mesmo o partido de Yoon Suk-yeol (foto) demonstra estar ao lado do presidente da Coreia do Sul após sua tentativa frustrada de impor a lei marcial no país.
O líder do Partido do Poder Popular (PPP), Han Dong-hoon, defendeu nesta sexta-feira, 6, a "rápida suspensão" de Yoon, alegando que sua permanência no poder representa um "grande perigo" para o país.
"Levando em consideração os novos fatos, acho que é necessária uma rápida suspensão de funções do presidente Yoon Suk-yeol para proteger a República da Coreia e sua população", disse Han.
No sábado, 7, a Assembleia Nacional sul-coreana deve votar o pedido de impeachment protocolado por seis partidos de oposição na quarta, 4.
Por que o partido governista abandonou Yoon?
A mudança de posição do PPP ocorre em meio a rumores de que Yoon estaria preparando uma nova declaração de lei marcial.
Na reunião de emergência do Conselho Supremo do PPP, Han disse que seu partido confirmou, por meio de evidências confiáveis, que Yoon instruiu o então Comandante de Contrainteligência de Defesa Yeo In-hyung a prender figuras políticas proeminentes, incluindo Han, sob a acusação de serem forças anti-nacionais.
"Foi confirmado que o presidente usou agências de inteligência militar para prender esses políticos. Também soubemos que havia planos específicos para prender esses políticos em um centro de detenção em Gwacheon (da província de Gyeonggi)", afirmou.
"O presidente nem sequer reconheceu a ilegalidade da declaração da lei marcial", continuou. "Se Yoon permanecer no cargo, há um alto risco de repetir ações extremas como a recente lei marcial, o que pode colocar a Coreia e seu povo em grave perigo."
O impeachment de Yoon Suk-yeol
Para que a moção de impeachment seja aprovada, pelo menos 200 dos 300 membros da Assembleia Nacional da Coreia do Sul devem votar a favor do impedimento de Yoon Suk-yeol.
Como 192 parlamentares pertencem a partidos de oposição, a moção ainda precisará do apoio de pelo menos oito integrantes do PPP.
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