O histórico de Eduardo Paes na Lava Jato
Ministério Público já acusou o atual prefeito do Rio de Janeiro de receber 10,8 milhões de reais da Odebrecht na campanha de 2012
O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (na foto, com Lula), envolveu-se em um debate encarniçado nas redes sociais com o ex-juiz e senador Sergio Moro e com o juiz Marcelo Bretas, que foi responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Na quinta-feira, 21, Paes chamou Bretas de "delinquente" após o juiz publicar uma análise que sugeria defesa do grupo de Jair Bolsonaro no contexto do indiciamento de 37 pessoas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado.
"Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu", respondeu Moro a Paes.
A discussão seguiu com termos como "lixo" e "palhaço".
Paes na Lava Jato
Em 2020, o Ministério Público do Rio de Janeiro acusou Paes de ter recebido 10,8 milhões de reais de caixa dois da Odebrecht em 2012, quando ele se reelegeu.
Havia registros de entregas de dinheiro vivo feitos pelo doleiro da Odebrecht e delações de um ex-secretário e do marqueteiro de campanha de Paes.
Em 2020, Paes foi ao Twitter reclamar da ação do MP.
"Mais uma vez, digo para vocês: não foi apresentada nenhuma nova acusação contra mim, zero. As reportagens são absolutamente idênticas ao que foi reportado três anos atrás", escreveu ele no Twitter, antigo X.
Nas planilhas da Odebrecht, Paes era chamado de "nervosinho".
Ajuda do STF
A campanha de Paes de 2012 também rendeu acusações em relação a supostas negociações em obras para a Prefeitura do Rio de Janeiro, como o Museu do Amanhã e o Porto Maravilha, envolvendo recursos para financiamento eleitoral.
Como os fatos tinham relação com supostos ilícitos nas campanhas de Paes e do PMDB (atual MDB), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, STF, decidiu enviar o caso para a Justiça Eleitoral.
Sendo assim, a Segunda Turma considerou a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro incompente para seguir com o caso.
Paes era acusado de caixa 2 e corrupção passiva.
Todas as decisões da vara federal criminal foram anuladas.
A Justiça Eleitoral não criou novos problemas para Paes, tanto que ele voltou a se candidatar e se reelegeu mais uma vez este ano para a prefeitura do Rio de Janeiro.
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