O "êxito instantâneo" do mapa invertido de Pochmann
Presidente do IBGE ressaltou "o importante debate aberto e destravado sobre o Brasil diante da nova geopolítica global impulsionada pela emergência do Sul Global"

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, comemorou na segunda, 12, a atenção recebida pelo seu mapa-múndi invertido.
"Êxito instantâneo. A publicação do novo mapa-múndi pelo IBGE alcançou êxito instantâneo, considerando o importante debate aberto e destravado sobre o Brasil diante da nova geopolítica global impulsionada pela emergência do Sul Global. Da mesma forma, a posição colhida junto aos estudiosos e especialistas em cartografia na geografia, conforme excelente matéria abaixo, confirma a continuidade do rumo certo do IBGE. Também a enorme procura pelo novo mapa-múndi na biblioteca do IBGE ressalta como a diversidade da representação visual de um país no planeta Terra é fundamental para a emancipação da opinião pública livre e democrática do povo brasileiro", escreveu Pochmann.
A matéria citada por Pochmann, cujo link e colou na publicação, é da estatal Agência Brasil.
O mapa invertido de Pochmann foi motivo de chacota no mundo todo.
Foi por isso que recebeu tanta atenção.
Manifesto dos técnicos
Um grupo de funcionários que trabalha no prédio da Avenida República do Chile do IBGE, no Rio de Janeiro, divulgou um "Manifesto pela Integridade Técnica do IBGE" repudiando a produção e divulgação do mapa invertido.
"Trata-se de uma iniciativa que, em vez de informar, distorce; em vez de representar a realidade com rigor, cria uma encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente", diz o manifesto.
"O que se vende como símbolo de autoestima nacional esconde um paradoxo desconfortável. O Brasil ainda enfrenta graves mazelas sociais: desigualdade estrutural, carências educacionais, insegurança, informalidade, perda de competitividade", afirmam os técnicos.
"Não se combate a realidade com ilusões gráficas. Colocar o Brasil no centro do mapa não resolve nada — e pode, inclusive, enfraquecer a seriedade de um projeto nacional que justamente busca enfrentar, e não ocultar, os desafios que temos pela frente."
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