Governo da UcrâniaPainel com signatários de declaração pedindo a paz na Ucrânia

O documento que pede a paz na Ucrânia (e que o Brasil não assinou)

17.06.24 13:05

Neste domingo, 16, um grupo de 81 nações e organizações assinaram uma declaração onde pedem o fim da invasão russa na Ucrânia, onde culpam o exclusivamente o governo de Vladimir Putin pelas dezenas de milhares de mortes, pela destruição na região e pela desestabilização da ordem mundial.

O Brasil, que boicotou o evento desde o início por considerá-lo inviável sem a presença do país agressor, não assinou o documento.

O comunicado final foi divulgado pelo governo da Suíça, que recebeu o evento. Os signatários entendem que a Rússia é inteiramente responsável pela guerra, na condição de agressora. Há, no entanto, três premissas devem ser respeitadas para um “caminho para a paz” na região.

1. Tanto Moscou quanto Kiev devem garantir a segurança das usinas nucleares em áreas de conflito — incluindo a usina de Zaporizhzhia, a maior da Europa e que está sob cerco e controle russo. Além disso, complementam, “qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da presente guerra contra a Ucrânia, é inadmissível.”

2. Os portos no Mar Negro e no Mar de Azov devem ter a sua navegação “livre, completa e segura”, garantindo o fluxo ininterrupto de cereais a todo o mundo. A Ucrânia, como uma das maiores produtoras de grão do planeta, se viu sem parte da sua costa perdida desde 2014 para os russos, que agora atacam cotidianamente o porto de Odessa, o maior do país.

“Ataques a navios da marinha mercante em portos e ao longo da rota, assim como contra portos civis e sua infraestrutura portuária, são inaceitáveis”, continua o documento. “A segurança alimentar não pode ser arma em nenhuma maneira. Os produtos agrícolas ucranianos precisam ser livre e seguramente oferecidos a países interessados.”

3. Os prisioneiros de guerra devem ser trocados — e isso vale inclusive para as crianças que foram raptadas pelos russos e levados para serem adotadas em seu país, em um caso de assimilação forçada.

Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Canadá assinaram o documento nas Américas. Potências europeias como Reino Unido, Inglaterra e Alemanha deram seu aval — o Parlamento da Europa também.  O Brasil se aliou a China, Índia e África do Sul, outros membros-fundadores do Brics além dos russos, ao não participar das discussões.

Na semana passada, durante sua passagem pela Suíça, Lula indicou que continuaria com uma visão pro-Putin, ao afirmar que os dois lados estavam “gostando” da guerra.

Leia mais em Crusoé: Lula volta a afirmar que Putin e Zelensky estão “gostando da guerra”

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  1. Lula não representa a maioria do povo brasileiro. A menor dimensão que Lula demonstra de si mesmo, afirmando bobagens e abraçando ideologias de esquerda pró ditaduras carniceiras como as da Venezuela, Cuba e Rússia, envergonham o Brasil perante as nações verdadeiramente democráticas como as dos Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha, Suíça, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Índia, Inglaterra, Israel, Holanda, Portugal, Itália, Argentina, Bélgica, México, Taiwan, Coréia do Sul etc.

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