O descaso do colombiano Gustavo Petro com a democracia
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (foto), ameaçou fazer uma revolução e instigar protestos no 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em um discurso dado do balcão do Palácio de Nariño, a sede do poder Executivo em Bogotá. “Não basta ganhar nas urnas. A mudança social implica uma luta permanente e a luta permanente ocorre...
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (foto), ameaçou fazer uma revolução e instigar protestos no 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em um discurso dado do balcão do Palácio de Nariño, a sede do poder Executivo em Bogotá.
“Não basta ganhar nas urnas. A mudança social implica uma luta permanente e a luta permanente ocorre com um povo mobilizado e à frente desse povo deve estar a juventude, o povo trabalhador, a classe trabalhadora. A tentativa de sufocar as reformas pode levar à uma revolução”, disse o presidente.
A conclusão do raciocínio é um tanto óbvia Se os representantes eleitos democraticamente não avançam na direção que o presidente quer, então a democracia não deve ser mantida. As falas geraram diversas críticas na Colômbia, um país historicamente avesso a golpes de Estado e a ditadores.
Em 2021, o país foi palco de protestos violentos durante a presidência de Iván Duque, o antecessor de Petro no Palácio de Nariño. As manifestações começaram contra uma proposta de reforma tributária, e ganharam corpo com a indignação pela repressão policial. Ao fim, policiais foram atacados e delegacias, queimadas. Pedágios foram destruídos e estradas, queimadas.
"O tipo de protestos que o presidente parece estar promovendo tem sido caracterizado por violência, vandalismo e terrorismo, o que é inaceitável", diz o advogado especialista em segurança Carlos Augusto Chacón, diretor-executivo do Instituto de Ciência Política, ICP, em Bogotá. "O discurso do 1º de Maio ratifica mensagens do presidente que tem se manifestado contra diversos setores que se opõem ou questionam suas reformas."
Petro tem atacado o Congresso e os partidos, até mesmo aqueles que formavam parte de sua coalizão de governo. Sua aliança política começou a se dissolver quando outros líderes pediram ajustes em uma reforma do sistema de saúde, uma vez que a ideia de Petro é estatizar o serviço de saúde colombiano e acabar com os prestadores privados de serviços.
"É muito preocupante que Petro promova a violência como forma de pressão política, já que isso fere a institucionalidade democrática e fomenta a polarização", diz Chacón.
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Comentários (4)
maria
2023-05-08 22:54:19Está parecendo Bolsonaro e Lula
Juerg
2023-05-08 08:29:45Recomendo a leitura do livro: “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” de Carlos Alberto Montaner
Marcia E.
2023-05-07 19:58:12A América Latrina continua mostrando sua incompetência para conduzir a economia. Acho que seria o caso de um estudo aprofundado...
Daniel
2023-05-07 13:50:50Esse é o problema de fazer o L.