O bate-boca entre Pazuello e Doria por causa da vacina Coronavac
Durante reunião com governadores nesta terça-feira, 8, para tratar da vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, discutiu com o tucano João Doria, de São Paulo, principal adversário político do presidente Jair Bolsonaro. Doria questionou Pazuello se o governo compraria a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com...
Durante reunião com governadores nesta terça-feira, 8, para tratar da vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, discutiu com o tucano João Doria, de São Paulo, principal adversário político do presidente Jair Bolsonaro.
Doria questionou Pazuello se o governo compraria a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a chinesa Sinovac. Ele lembrou que o Planalto já se comprometeu com a compra de outros produtos, como a Vacina de Oxford, da AstraZeneca, que também não foram autorizados ainda pela Anvisa. O governador de São Paulo perguntou ao ministro se a diferença de tratamento tem relação com questões ideológicas ou políticas.
Eduardo Pazuello, então, replicou dizendo que a Coronavac não é do governo paulista, e sim do Instituto Butantan. Afirmou ainda que é preciso zelar pela segurança e eficácia dos produtos, mas garantiu que, quando a vacina estiver registrada, o governo avaliará a demanda e o preço para adquirir o produto.
O bate-boca, segundo antecipou O Antagonista, começou quando o governador de São Paulo pediu para falar antes de outros governadores.
“Ministro, é o governador João Doria, eu gostaria de falar, já havia solicitado a palavra, antes do início da reunião, ministro”, disse o governador. “Se o senhor quiser me censurar, o senhor assuma publicamente que está me censurando. Se não, por favor, o senhor autorize que eu participe e fale na reunião, ô ministro!”
Ao que Pazuello respondeu: “Sim senhor. Se o senhor quer falar antes dos governadores à mesa, os senhores autorizam? Sim? O senhor pode falar governador.”
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Comentários (10)
Edmundo
2020-12-12 10:29:27Porque essa agonia de força a barra na compra da vacina chinesa! Pela constituição não dar esse direito a ele! Como governador não respeita a constituição que governar país! Um ditar de ponta da rua de SP.
Marcelo
2020-12-09 09:19:43Muito suspeita a atitude do Doria e do presidente do Butantã em relação a vacina da China. Creio que a PF deveria investigar isso mais a fundo. As pessoas falam em nome das “instituições centenárias” para defender seus interesses, mas a realidade é que as instituições são geridas por pessoas e estas mudam no tempo e podem incorrer nos sete pecados capitais como qq outra. Ta ai a Petrobras e Casa da Moeda, o BNDES, entre outras para confirmar o que digo.
Carlos
2020-12-09 08:47:39Tudo bem que o Dória não perde a oportunidade de se autopromover e como o Bolsonaro só pensar em 2022. Mas, ao marcar uma data para início da vacinação em São Paulo, ele tirou os outros governadores e, principalmente, o Ministro da Saúde da letargia em que se encontravam em relação a vacinação. O Pozuelo parece um ET que pousou no terra hoje e não tem a menor noção do que está acontecendo no mundo do Covid-19. Acorda Pazuelo!
Roberto
2020-12-09 07:56:32Acorda, Pazuello!!!
Ivete
2020-12-09 07:10:56É muita loucura achar que o Doria não tem razão!?Esse Ministro o Pazuello da vergonha, é capacho do Bolsonaro!
Luiz
2020-12-08 22:20:41Dória vagabundo e safado !!!
CHICO
2020-12-08 20:37:22São Paulo é uma locomotiva puxando vagões de rodas quadradas...
Irônico
2020-12-08 20:30:32Promoção: Tome a "vachina" do Dória e ganhe um caixão do Covas.
TONI FERREIRA
2020-12-08 20:08:42Essa discriminação deve-se à postura do Governador de São Paulo que é sempre respeitosa e democrática, bem distinta de Bolsonaro e Pazuello que pensam que estão lidando com recrutas nos velhos tempos de quartel. Respeitem o povo brasileiro!
Luiz
2020-12-08 19:43:13"Um estudo realizado pelo Insights for Education, com dados de 191 países, concluiu que a abertura de escolas não tem relação com as taxas de infecção por Covid-19. O estudo também constatou que quase todas as nações que estão sem aulas presenciais são países pobres na primeira onda da pandemia, que serão extremamente prejudicados pelo déficit educacional; e que a maioria dos países que está enfrentando a segunda onda da pandemia permaneceu com as escolas abertas."