O altíssimo número oficial de presos em manifestações contra Maduro
O procurador-geral da República na Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta terça-feira, 30, que 749 pessoas foram presas por manifestações nesta segunda-feira, 29, contra os resultados da "eleição" que deu mais um mandato ao ditador Nicolás Maduro. O número é 5,5 vezes maior do que os 46 presos apontados pela ONG Foro Penal. Até às...
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O procurador-geral da República na Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta terça-feira, 30, que 749 pessoas foram presas por manifestações nesta segunda-feira, 29, contra os resultados da "eleição" que deu mais um mandato ao ditador Nicolás Maduro.
O número é 5,5 vezes maior do que os 46 presos apontados pela ONG Foro Penal. Até às 10 horas desta terça, os ativistas haviam apurado 132 prisões e seis mortes de pessoas entre 15 e 40 anos.
Abertamente chavista, Saab chamou os manifestantes de "delinquentes" e que estes tinham armas. "E a qualquer um que atreva a sugerir que ontem foi uma manifestação pacífica, quero informar que o produto desta violência causada resultou em feridos, alguns à bala", disse o PGR de Maduro. Um policial teria morrido em Maracaibo, durante as manifestações.
"São assassinos", disse o procurador ligado ao governo. "As pessoas que atuaram nos vídeos que mostramos serão processados por terrorismo."
No entanto, é o governo venezuelano que tem escalado a repressão a opositores políticos nas últimas horas, após milhares tomarem as ruas contra o resultado das eleições.
Mais cedo, dois deputados venezuelanos — incluindo o líder do partido de oposição Voluntad Popular ("Vontade Popular"), de oposição a Nicolás Maduro — foram sequestrados nesta terça-feira, 30, em Caracas. Imagens mostram o momento que homens encapuzados levam o parlamentar Freddy Superlano, de azul, e um segundo homem.
#ÚLTIMAHORA Agentes del régimen secuestran al dirigente de Voluntad Popular Freddy Superlano en Caracas. pic.twitter.com/bYDayykUfh
— Monitoreamos (@monitoreamos) July 30, 2024
"Alertamos a comunidade internacional sobre uma escalada repressiva da ditadura de Nicolás Maduro contra os ativistas da causa democrática", escreveu o partido Voluntad Popular em suas redes sociais.
Saab já tinha dado sinais claros de parcialidade quando ontem, antes das manifestações, pediu um "forte aplauso" a Nicolás Maduro por "ter logrado esta reeleição com base no que estabelece a Constituição e a Lei". Ele ainda indicou que levaria os opositores de Maduro a julgamento por supostos crimes cibernéticos.
Leia mais em Crusoé: Na Venezuela, derrubar estátua é fazer a revolução
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Comentários (1)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2024-07-30 15:45:26Os sequestros mostram bem a probabilidade do maduro deixar o poder.