O administrador oculto do Iabas no escândalo da saúde no Rio de Janeiro
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o esquema de desvios no Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, responsável pela construção de hospitais de campanha contra a Covid-19 no estado, identificou um empresário que seria o administrador oculto da entidade. Luís Eduardo Cruz, apontado como gestor do Iabas pelo MP...
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o esquema de desvios no Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, responsável pela construção de hospitais de campanha contra a Covid-19 no estado, identificou um empresário que seria o administrador oculto da entidade. Luís Eduardo Cruz, apontado como gestor do Iabas pelo MP do Rio de Janeiro, foi preso na manhã desta quinta-feira. O instituto recebeu 5,2 bilhões de reais em recursos públicos nos últimos anos.
Oficialmente, Luís não aparece mais entre os gestores do Iabas. Mas os investigadores acreditam que o empresário ainda tinha ingerência sobre os negócios bilionários do instituto. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo.
A mulher de Luís Eduardo, Simone Amaral da Silva Cruz, teve mandado de prisão decretado, assim como um irmão do empresário, Marcos Duarte. Daniel Murici Cruz, filho do acusado, está entre os denunciados pelo Ministério Público.
O grupo teria realizado empréstimos simulados, transações financeiras estruturadas e pagamentos de cheque fracionados, que tinham como destinatários pessoas ligadas a Luís Eduardo Cruz.
Essa investigação do MP é relacionada a contratos do Iabas com a Prefeitura do Rio de Janeiro, que repassou recursos à entidade para a execução de serviços de exames laboratoriais, jardinagem nas unidades de saúde, locação de veículos e manutenção predial por quatro fornecedores. Segundo o MP, só nesse contrato, 6 milhões de reais teriam sido desviados.
Em nota, a Prefeitura do Rio afirma que o Iabas foi desqualificado pela gestão Marcelo Crivella, que "herdou a contratação do prefeito anterior". "Crivella desqualificou a IABAS , após um processo com ampla defesa, por não atingir 50% das metas propostas no contrato de gestão. O motivo da desqualificação, portanto, foi má gestão dos recursos públicos, gerando desassistência aos usuários".
"A desqualificação da IABAS foi publicada no DO do município no dia 25 de abril de 2019 – e essa OS não tem mais contratos com a gestão municipal.A Prefeitura atual ainda multou a IABAS em R$ 27,9 milhões", diz a Prefeitura.
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