Nova queda de braço entre a ditadura chinesa e o Vaticano
O Vaticano acusou a China de violar, novamente, o pacto firmado em 2018 sobre a nomeação de bispos da Igreja Católica no país. Em nota, a Santa Sé afirmou ter sido informada pela imprensa local que Pequim decidiu transferir o bispo Shen Bin de Haimen, na província de Jiangsu, para a diocese de Xangai. Em novembro...
O Vaticano acusou a China de violar, novamente, o pacto firmado em 2018 sobre a nomeação de bispos da Igreja Católica no país. Em nota, a Santa Sé afirmou ter sido informada pela imprensa local que Pequim decidiu transferir o bispo Shen Bin de Haimen, na província de Jiangsu, para a diocese de Xangai.
Em novembro de 2022, um mês após a renovação do pacto, o Vaticano acusou o Partido Comunista Chinês de romper o acordo ao nomear Giovanni Peng Weizhao como bispo auxiliar de Jiangxi. A reincidência da violação do acordo por parte do governo de Xi Jinping não surpreende.
Segundo Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas Brasil, uma organização que apoia cristãos perseguidos, a decisão é parte do controle e monitoramento realizado por Pequim sobre os cidadãos chineses. “Na China, os passos dos habitantes são monitorados. As pessoas não têm liberdade para exercer a fé, seja publicamente, na igreja ou em encontros com outros cristãos nas residências”, diz.
No território chinês, caso o cidadão não pertença a uma igreja legalizada pelo governo e seja flagrado exercendo sua fé, ele pode sofrer as consequências da lei, como encarceramento e redução ainda maior das liberdades individuais.
Nos últimos três anos, segundo a Portas Abertas Brasil, mais de 7 mil igrejas foram arbitrariamente fechadas na China.
Reconduzido pelo Partido Comunista para o terceiro mandato, o ditador Xi Jinping dirige um movimento para impor medidas cada vez mais restritivas ao cristianismo na China. “O controle é para diminuir a influência da Igreja sobre a sociedade. Para as autoridades, quem tem que exercer influência sobre a sociedade, ser fonte de socorro, orientação e esperança é o governo, e não a Igreja”, afirmou Cruz.
Segundo um ranking elaborado pela Portas Abertas, a China é atualmente o 16º país que mais persegue cristãos por causa da fé. A Coreia do Norte, de Kim Jong-un, é a primeira da lista.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Xico Só
2023-04-08 09:00:04Ué o papa Chico não adora ditaduras comuno-fascistas? Então por que reclama dos amados companheiros? Mexer com o ignaro canelau pode já tocar nos príncipes vaticanos ... sugiro algo simples excomungar que todos vão pro inferno.
Marcia E.
2023-04-06 13:08:17Lula, aproveita sua viagem para a China é procure pacificar as tensões entre aquela Ditadura Democrática e o Vaticano. Afinal, você é um representante querido do Papa Francisco.