No Chile, aprovação de Piñera volta ao baixo patamar pré-Covid
A aprovação do presidente do Chile, Sebastián Piñera (foto), subiu de 12% para 30% com o início da pandemia de coronavírus, em março. De uma maneira geral, a população aprovou a maneira como o governo tratou a crise na saúde. Mas essa percepção positiva com o governo de Piñera já se desfez. Sua aprovação despencou novamente para 12%....
A aprovação do presidente do Chile, Sebastián Piñera (foto), subiu de 12% para 30% com o início da pandemia de coronavírus, em março. De uma maneira geral, a população aprovou a maneira como o governo tratou a crise na saúde.
Mas essa percepção positiva com o governo de Piñera já se desfez. Sua aprovação despencou novamente para 12%. A primeira explicação para a queda é o fim do efeito patriótico, que nos Estados Unidos é conhecido como rally round the flag. "Quando a população se sente ameaçada por qualquer motivo, como uma guerra, ela costuma apoiar o governante. Os chilenos confiaram que o governo poderia proteger suas vidas do coronavírus e com isso a aprovação de Piñera cresceu", diz o chileno Roberto Izikson, pesquisador do instituto de opinião pública Cadem, em Santiago. O efeito, contudo, não é duradouro. "Uma vez que a situação volta ao normal ou o povo se adapta a ela, a aprovação do governo naturalmente diminui."
A outra explicação está na resistência do governo em permitir que as pessoas antecipassem um saque de 10% de seus fundos privados de aposentadoria durante a pandemia. A proposta de lei foi apresentada pela oposição e, apesar da resistência do Executivo, conseguiu passar no Congresso. A ideia conta com apoio de 92% dos chilenos, segundo a Cadem.
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