Netanyahu poderia largar o osso, mas não quer
Críticos de Benjamin Netanyahu (foto), o mais longevo primeiro-ministro da história de Israel, apontam a reforma judicial no país, que restringe os poderes do Supremo, como uma tentativa do premiê de salvar a própria pele. Ele é acusado de fraude, abuso de poder e corrupção passiva em três casos e foi o primeiro chefe de...
Críticos de Benjamin Netanyahu (foto), o mais longevo primeiro-ministro da história de Israel, apontam a reforma judicial no país, que restringe os poderes do Supremo, como uma tentativa do premiê de salvar a própria pele. Ele é acusado de fraude, abuso de poder e corrupção passiva em três casos e foi o primeiro chefe de governo israelense indiciado no exercício do cargo.
A noção mais comum é a de que Netanyahu se aliou a grupos de extrema direita no Knesset, o Parlamento israelense, para se manter no poder e não ser preso. Para o professor da UFRJ Michel Gherman, porém, o premiê poderia costurar um acordo que lhe permitisse deixar o poder e não ir para a cadeia — mas não quer.
"Bibi Netanyahu sabe que ele podia negociar", disse Gherman em entrevista ao mais recente podcast Latitude, veiculada no último sábado (5). "Ele poderia se colocar numa situação em que a oposição aceitaria a saída dele do poder em uma negociação para deixá-lo fora da cadeia", avalia o professor. "Haveria condições [para essa saída], sim, inclusive tem se falado sobre isso nos bastidores da política israelense. Mas não me parece que Netanyahu esteja interessado numa solução pacífica para o confronto entre oposição e situação."
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2023-08-07 11:34:54Até hoje na história da humanidade nenhum grande líder renunciou ao poder e não por acaso Ulysses Guimarães proclamava que o poder é orgásmico ... num é Janja?