Não tem mais ambiente para Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente usou sexismo e alegação de ataques pessoais para escapar das críticas de senadores da região amazônica

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva (foto) não tem mais lugar neste governo Lula.
Ao ser bombardeada pelos senadores na Comissão de Infaestrutura nesta terça, 27, Marina usou a cartada do sexismo, querendo dizer que estava sendo criticada pelo fato de ser mulher.
Também tentou passar a ideia de que as pressões que recebeu foram ataques pessoais.
Essas foram as duas saídas que ela encontrou para fugir de um duro interrogatório no Senado.
A verdade é que o ambientalismo radical de Marina, que segue a cartilha internacional, não tem mais espaço no Congresso, nem no governo Lula, nem no Brasil.
Biodiversidade é 60% do PIB? Onde?
Por princípio, Marina tende a aprovar a criação de reservas e a reclamar de todas as obras de infraestrutura.
"É o meu lugar defender o meio ambiente. Esse é o meu lugar. E é um lugar que eu ocupo não por ser ministra, mas por ter compromisso com essa agenda, desde que eu me entendo por gente. E talvez eu só esteja no ministério porque eu tenho esse compromisso e essa prática", disse Marina.
Mas este governo Lula é tão desenvolvimentista quanto os dois primeiros mandatos do petista.
Por causa disso, Marina está sedo obrigada a engolir vários sapos.
O maior deles é a prospecção de petróleo na foz do Rio Amazonas, que acaba de ser iniciada pela Petrobras.
Marina era contra as atividades da estatal, mas teve de aceitar a prospecção, após pressões intensas de todos os lados.
A exploração é defendida por diversos políticos do Amapá, incluindo vários que são da base do governo.
Entre eles está Davi Alcolumbre, do União Brasil, que é presidente do Senado.
Outro é Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional.
Senadores de outros estados também defendem uma agenda ecológica que permita atividades econômicas para ajudar no desenvolvimento de seus estados.
Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, foi quem protagonizou o último bate-boca de Marina, antes de ela abandonar o ambiente.
Outro que tem a mesma visão é Omar Aziz, do PSD do Amazonas, que é da base do governo.
Quando Marina disse que há países em que 60% do PIB se devem à biodiversidade, Aziz pediu que Marina desse um único exemplo. A ministra ficou sem resposta.
Unidades de conservação
Nesta terça, o senador Lucas Barreto, do PSD do Amapá, reclamou da criação de uma reserva que, segundo ele, impediria a construção de um gasoduto e o desenvolvimento econômico do Amapá.
"Hoje, 74% do nosso território é área de proteção. Se nós incluirmos as áreas inundáveis, as que têm relevo impróprio, nós teremos 11% do estado, só, propício para alguma atividade econômica", disse Barreto.
"O Amapá é um estado em que nós não estamos mais dispostos à criação de reservas lá", afirmou o senador. "Por que não cria no Pará? Por que não cria no Acre? Em São Paulo? Ninguém mais quer [reservas]."
O ambientalismo de Marina não resistiu no segundo mandato Lula. Ela foi exonerada em 2008.
Se ela conseguir resistir neste governo, será um feito e tanto.
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Comentários (3)
Clayton De Souza pontes
2025-05-28 12:56:14Fica claro o ativismo ambiental da Marina e da sua máquina, no Ibama. A obrigação de construir bases para tratamento de fauna por contaminação por derrames de óleo é determinante para esse diagnóstico , pois nem se sabe se haverá descoberta de óleo na locação
Suzane
2025-05-28 11:57:30E uma vergonha termos representantes tão retrógrados, ignorantes e gananciosos! Incentivar mais exploração de petróleo em um mundo onde se investe tanto em energias limpas e alternativas só podia ser "obra" desse nosso Congresso jurássico! Ainda mais quando essa exploração é feita em franco prejuízo ao Meio ambiente, como é o caso! Mas, essa gentalha só pensa em dinheiro e as futuras gerações que se danem!
Andre Luis Dos Santos
2025-05-27 21:14:26Essa figura merece ir pro lixo da história. Não tem um minimo de vergonha na cara, por ter se associado a este governo e ParTido de MERDA que, na minha visão, fez a campanha mais IMUNDA que já vi para a reeleição da ANTA em 2014, contra essa figura, agora ministra. No fundo, esses políticos só querem seguir mamando nas tetas gordas desse "Estado ELEFANTE". Na primeira oportunidade, perdem a vergonha e saltam de braços abertos pra pegar um cargo publico. Ou, no caso dessa ex-senadora, "regride" em sua "carreira" politica pra virar deputada (como fizeram a Coxa Hoffman e o "sniff-man" Aecio), e pior ainda, por São Paulo, que eu aposto que ela tem um vinculo ZERO. Os Paulistas otarios que votaram nessa senhora pra deputada deveriam se sentir envergonhados.