WSJ via YouTubeJavier Milei, em entrevista ao Wall Street Journal

“Não há plano B”, adverte presidente argentino Javier Milei

29.01.24 13:25

O presidente argentino Javier Milei (foto) está confiante que seu plano econômico para salvar a economia da Argentina da insolvência irá funcionar. Até porque não há outra saída, argumentou em entrevista ao jornal The Wall Street Journal.

“Tiene un plan B?”, questiona a editora-chefe do jornal, Emma Tucker, ao presidente. “No, no hay plan B”, ele responde, antes de concluir: “Não há plano B para fazer as coisas bem. Ou se faz as coisas bem, ou se faz as coisas bem. Se se faz as coisas pela metade ou negociar, essa é a história da Argentina, e é onde estamos. Nossos valores-chave não são negociáveis.”

Em um vídeo de oito minutos com trechos da conversa, o presidente libertário diz que, em 45 dias de governo, já pode ver sinais promissores de recuperação econômica— motivados, ele garante, pela correção de rumo.

“A realidade e que começamos a ver as formas de como estão indo os dados e a inflação, nós mesmos estamos surpresos com a velocidade que estamos alcançando resultados”, asseverou.

Ele, no entanto, prevê que a dificuldade social causada pelas suas medidas de choque ainda serão sentidas por algum tempo. “Esse processo pode durar cerca de dois anos. E é certo que uma luz de alerta diz que é difícil aguentar [medidas de austeridade] por mais de um ano”, disse.

Milei garantiu que deve prosseguir com o plano de dolarizar a economia do país — que já opera informalmente com a moeda. “No último mês compramos 5 bilhões de dólares e a base monetária da Argentina é de cerca de 8 bilhões de dólares, cerca de 7,5 bilhões de dólares”, calculou. “Com isso, dá para dizer que se limparmos todos os passivos remunerados do Banco Central, estaríamos em condição de dolarizar por muito pouco dinheiro.”

Logo depois, ele não titubeou ao dizer se vai ou não adotar a moeda como oficial no país. “Sempre falamos e uma livre concorrência entre moedas, em que os argentinos escolham a sua moeda. E é provável que, em um primeiro momento, [os argentinos] escolham o dólar.”

Leia na Crusoé: Cai o primeiro ministro de Milei

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