Não é tudo a mesma coisa, não, Greenwald
Em entrevista a Crusoé publicada nesta sexta, 14, Glenn Greenwald (foto), do Intercept, afirma que os maiores exemplos de jornalismo foram feitos com materiais obtidos por uma fonte que quebrou a lei para obter a informação. Há, porém, um detalhe que não pode ser omitido. Em três casos citados por Greenwald – Pentagon Papers, a publicação de...
Em entrevista a Crusoé publicada nesta sexta, 14, Glenn Greenwald (foto), do Intercept, afirma que os maiores exemplos de jornalismo foram feitos com materiais obtidos por uma fonte que quebrou a lei para obter a informação. Há, porém, um detalhe que não pode ser omitido. Em três casos citados por Greenwald – Pentagon Papers, a publicação de documentos pelo Wikileaks e o Caso Snowden –, os responsáveis assumiram a identidade e, na maioria das vezes, foram punidos pela Justiça.
A ex-analista Chelsea Manning, antes Bradley Manning, que entregou ao australiano Julian Assange, em 2010, documentos secretos para serem publicados no Wikileaks, pegou uma sentença de 35 anos de prisão em 2013. Absolvida por Barack Obama em 2017, foi novamente detida em março por se recusar a prestar depoimento em uma investigação contra Assange.
Assange, por sua vez, está preso em Londres e deverá ser deportado em fevereiro para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem e por ter ajudado Manning a roubar informações.
O hacker Edward Snowden vive exilado na Rússia para não ser julgado nos Estados Unidos, onde o Departamento de Justiça o acusou de espionagem. Ele poderia pegar até 30 anos de prisão.
Daniel Ellsberg, que copiou documentos sobre a Guerra do Vietnã e os entregou ao Washington Post e ao New York Times, no caso conhecido como Pentagon Papers, foi condenado em 1973 por espionagem, conspiração e roubo de documentos do governo com uma sentença de prisão de 115 anos. No mesmo ano, por problemas no processo judicial, as acusações foram retiradas e ele terminou absolvido.
Em relação ao caso Watergate, que Greenwald também citou como exemplo, Mark Felt, conhecido como "Garganta Profunda", não furtou documentos. Apenas orientou o trabalho dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, na investigação sobre a espionagem do comitê eleitoral democrata em Washington – que levaria à renúncia do presidente Richard Nixon, em 1974. A identidade de Felt só seria divulgada em 2005.
A principal diferença entre essas histórias e o roubo de supostas mensagens de celulares de procuradores é que, no caso brasileiro, o hacker ainda está em atividade. Além disso, não há garantia de que as mensagens não tenham sido adulteradas ou mesmo falsificadas por inteiro.
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Comentários (10)
Maria
2019-06-17 10:10:10Eu que não perco tempo comentando GG.
Massaaki
2019-06-16 20:02:35Pois é, mas o Estado brasileiro não pode deixar "barato" e por isso mesmo...Tem de acionar todos os recursos humanos, tecnológicos, a ABIN, a PF, a PGR e colaboração internacional para pegar esses invasores bandidos. Como, usando que recursos e tecnologia, de onde e a mando de quem fizeram isso? Devem ser interesses vários que congruíram e colaboraram, pois não deve ser simples, fácil e barato fazer o que fizeram. Precisa de gente capacitada e treinada, especialista nesse tipo de hackeamento.
Fulvio
2019-06-16 18:29:39não adianta, viado é viado mesmo! revanchistas imperdoáveis.
Denon
2019-06-16 11:33:50Sujeito pretensioso, arrogante ("jornalistas de verdade", cita ele, menosprezando o da Crusoé), e incoerente ao defender ditaduras onde gays como ele são perseguidos, assassinados, enforcados,. Publicou msgs obtidas ilegalmente, sem citar a fonte e sem entregar o material, interpretou diiálogos inocentes como sendo daninhos para a Justiça brasileira, e deu entrevistasmundiais com sua versão e visão deturpada. E AINDA ESTÁ SOLTO? Há muitos motivos para expulsar o sujeito do Brasil.
Edmundo
2019-06-16 09:16:55Não expulsarão ainda esse americano e encaminhou para Tramp cuidar dele?
PABLO
2019-06-16 07:29:10O jornalismo desse cara está em outro nível...isso é fato até agora...jornalistas de Pindorama aprendam ou morram de inveja....assim se faz jornalismo investigativo...
Ladislao gonzalez
2019-06-16 06:20:23Está faltando HOMEM para colocar o "pássaro"na gaiola,já passou da hora.
Maria Barbosa
2019-06-15 14:49:42É essa a diferença!! A LICITUDE E O OBJETIVO do crime cometido: retorno do LULADRÃO e seus doutrinados e doutrinadores ao comando do Brasil 🇧🇷, para completar o esfacelamento implantado! EDUCAÇÃO, ZERO, por exemplo!!
Joseph Pulitzer
2019-06-15 14:47:01Sem checagem, pode ser fake news ou manipulação. Nunca jornalismo. Nesse caso específico, tudo aponta para uma ação orquestrada para atacar a operação lava-jato. Cinicamente. Na cara dura.
Isaias
2019-06-15 14:05:46Ora, Glenda, você está achando que aqui todo mundo é burro! É o que dá casar com o (Carmem) Miranda. Fuck you! Você e sua marida vão acabar tendo que morar com o Snowden no país do patrão. Ou em algum país do Oriente Médio que apoie o terrorismo, Um alerta: nem o Putin nem os jihadistas aceitam o casamento gay. Aliás, nem os gays. Mesmo Cuba, voltou a perseguir e proibiu a parada gay. Você é uma tolinha em acreditar que PT, PSOL, PCdoB são simpatizantes. Quando tomam o poder eles nos perseguem.