Na ONU, Coreia do Norte prega nuclearização para "defesa"
Vice-ministro afirmou que a posse de armas nucleares é um direito constitucional inegociável

O vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Kim Son-gyong, defendeu o programa nuclear do país como uma medida necessária para a defesa da soberania nacional.
A declaração foi feita nesta segunda-feira, 29, durante a Assembleia-Geral da ONU.
Segundo Son-gyong, os EUA e o Japão realizam treinamentos militares "cada vez mais ofensivos e violentos".
Ele afirmou que os exercícios simulam o uso de armamento atômico contra um Estado soberano.
A Coreia do Norte considera qualquer tentativa de limitar seu programa nuclear como um ataque direto à sua soberania, à sua Constituição e ao seu direito de existir.
Son-gyong também ressaltou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem reafirmado repetidamente a centralidade da política nuclear como parte essencial da estratégia nacional.
Programa nuclear
O início do programa nuclear norte-coreano ocorreu na década de 1950, quando o país contava com o apoio da União Soviética.
No entanto, o primeiro teste só foi realizado em 2006.
Até hoje, já foram feitos seis testes nucleares.
Os últimos registros apontam que a última tentativa ocorreu em 2017, possivelmente com uma bomba de hidrogênio.
A ditadura norte-coreana justifica as armas nucleares como arma de dissuasão contra ameaças externas.
Constituição
De acordo com a Constituição do país, a política nuclear se tornou um elemento inegociável.
As principais fontes da imprensa internacional afirmam que a Coreia do Norte possua entre 30 e 60 ogivas nucleares, além de mísseis balísticos de longo alcance capazes de atingir alvos internacionais.
Pyongyang se retirou do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 2003.
Em resposta, a ONU e outros países impuseram sanções severas à Coreia do Norte.
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